No estado norte-americano da Pensilvânia debate-se a implementação de um novo imposto, a incidir sobre os videojogos considerados violentos. O valor em cima da mesa é de 10%, calculado com base no custo do jogo. A proposta foi apresentada recentemente por um grupo de legisladores, que batizou o imposto com o nome de "Taxa do Pecado". O projeto sugere ainda que as receitas geradas com a aplicação deste imposto revertam a favor de um fundo que visa criar programas de segurança nas escolas dos EUA.

A ideia não é pioneira, uma vez que propostas semelhantes foram antes debatidas naquele e noutros estados. A proposta de lei que foi agora apresentada já tinha sido debatida há um ano e, em Rhode Island, um membro Republicano da Câmara dos Representantes, Robert Nardolillo, chegou a sugerir um imposto semelhante. "Existem provas de que as crianças expostas a videojogos violentos em tenra idade, tendem a agir de modo mais agressivo do que as restantes. Este projeto de lei daria um recurso adicional às escolas para ajudar a lidar com essa agressividade de uma forma positiva [...] O nosso objetivo é fazer de cada escola [...] um lugar seguro e calmo para os alunos aprenderem. Ao disponibilizarmos aos alunos recursos para gerirem a sua agressividade hoje, garantimos um mundo mais pacífico amanhã", afirmou.

A Entertainment Software Association, que é a associação comercial que opera neste segmento do mercado, tem conseguido bloquear a medida. "Várias autoridades, incluindo cientistas, profissionais médicos, agências governamentais e o supremo tribunal dos EUA, concluíram que os videojogos não causam violência", escreveu a organização em comunicado (via IGN). "Encorajamos os legisladores na Pensilvânia a trabalhar connosco para aumentar a consciência sobre o controlo parental e sistema de classificação etária, que são eficazes para garantir que os pais mantêm o controlo sobre os videojogos em suas casas".