
Em 2018 foi utilizado uma tecnologia de reconhecimento facial, a título de teste, na ponte Robert F. Kennedy, que liga Manhattan a Nova Iorque. O objetivo era identificar os condutores, como teste para encontrar possíveis terroristas, mas segundo o The Wall Street Journal, citado pela Engadget, os testes não só “chumbaram”, como falharam redondamente o seu propósito.
Segundo a publicação, que teve acesso a um relatório da Metropolitan Transportation Authority, a tecnologia não conseguiu reconhecer nenhuma face “com parâmetros aceitáveis”. Ao que consta, o problema prende-se com a dificuldade em reconhecer os rostos a grandes velocidades. Anteriormente, a tecnologia desenvolvida pela Oak Ridge National Laboratory tinha registado mais de 80% de assertividade no reconhecimento facial através dos para-brisas dos automóveis, com a diferença destes estarem a circular a baixa velocidade.
Um responsável da MTA referiu que o programa-piloto do reconhecimento seria aplicado a outras pontes e túneis, esperando-se melhores resultados.
Ainda que a tecnologia relacionada com reconhecimento facial possa gerar polémicas, sobretudo ao nível da privacidade, os americanos apoiam a vigilância. Um estudo recente refere que apenas um em cada quatro americanos (26%) considera que o governo deva limitar o uso da tecnologia, com 55% a referir que não deve haver restrições. Ainda assim, existem já diversos países a testar sistema de inteligência artificial na tecnologia de reconhecimento: há aeroportos na Austrália a testarem reconhecimento facial para substituir passaportes e o Japão já anunciou que vai usar reconhecimento facial nos Jogos Olímpicos de 2020, para agilizar o acesso a atletas, funcionários e jornalistas aos locais dos eventos desportivos.
O principal entrave tecnológico prende-se mesmo com a falta de precisão no reconhecimento de pessoas com tom de pele mais escura, sobretudo mulheres, levantando muitas questões éticas e morais sobre a tecnologia, e empresas como a Microsoft, Google e IBM pretendem ajudar a melhorar a inteligência artificial ligado aos sistemas atuais.
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