A conjuntura económica está a afectar o mercado dos computadores a nível global e Portugal não escapa à quebra registada, perdendo em 2010 cerca de 20% do volume de vendas também em resultado do fim de ciclo de alguns projectos específicos para a área da educação, como o e-escola. Apesar deste enquadramento a Toshiba Portugal conseguiu manter a sua quota de mercado nos 20% nos computadores portáteis e quer subir para os 5% nos televisores.
João Amaral, que este ano assumiu responsabilidades a nível ibérico na empresa, assume que a Toshiba tem uma imagem de credibilidade no mercado português que contribui para a manutenção da sua quota de mercado mas garante que "só vale a pena crescer de forma sustentável, com rentabilidade e sem perder competitividade".
Com uma base instalada de 700 mil portáteis a Toshiba vendeu em 2010 mais de 200 mil computadores e 45 mil televisões e as quotas de mercado registadas mantêm a operação portuguesa numa boa posição face a outros países europeus, nomeadamente a Espanha, onde a quota de mercado se situa nos 7% nos portáteis.
A quebra nas vendas foi sentida logo no terceiro trimestre de 2010, apesar dos números das consultoras ainda não o revelarem. "Durante três anos houve um incentivo à compra de portáteis e quando este diminuiu o mercado estava servido, o que torna mais difícil as vendas", lembra o Regional Manager da Toshiba.
As quebras notam-se no mercado de consumo mas também no mercado profissional, onde as empresas estão à espera de perceber o impacto dos tablets e a atrasar a renovação dos parques informáticos.
Para 2011 os objectivos são de manter a quota de mercado dos portáteis nos 20% e subir para 5% nas televisões. Os novos produtos que já foram anunciados, como a remodelação da linha Portége R800 e o lançamento de modelos de televisores mais inteligentes com 3D sem óculos, deverá sustentar estas ambições.
O mercado dos Tablets é uma área a que a Toshiba está atenta e tem já preparados novos modelos para lançar depois do Verão com a nova versão do Android, o Honeycomb. Ainda sem nome, o novo dispositivo que foi apresentado em Fevereiro poderá já trazer a versão 3.1 do sistema operativo.
"Este é um mercado em que temos de marcar posição", sublinha João Amaral, apesar de notar que ainda representa uma fatia de vendas pequena, próxima dos 5%. E não será ainda este Natal que as vendas vão "descolar". "O ponto de viragem [para os tablets] vai existir, mas ainda não sabemos quando", refere.
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