
Foram longos meses de votações e negociações, mas os apoiantes da neutralidade da rede perderam todos os “combates” para as grandes empresas de telecomunicações e serviços online nos Estados Unidos. A partir de hoje empresas como a Comcast, Verizon e AT&T têm agora legitimidade legal para controlar a velocidade do tráfego das suas redes ou bloquear o acesso a sites e serviços de acordo com a suas estratégias comerciais – ainda que tenham de informar os seus clientes dos respetivos atos.
A polémica centra-se na possibilidade de as operadoras venderem pacotes premium com o acesso a determinados sites de internet em detrimento de outros, ou limitar a velocidade de acesso aos que quiserem discriminar. Até aqui, a neutralidade da rede nos Estados Unidos estava protegida por uma regulação em vigor desde 2015, durante o governo de Barack Obama.
Cerca de 29 Estados americanos continuaram a exercer a neutralidade da rede através de leis locais, tais como Washington, Montana e Nova Iorque, mas que aos poucos terão de mudar devido à lei nacional que agora entra em vigor.
De recordar ainda que as grandes empresas tecnológicas se opuseram à nova lei a favor da neutralidade da rede, incluindo a Netflix, a Google, a Amazon e a Apple, referindo que esta vai condenar os consumidores, a competição e a inovação.
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