Em comunicado, a Advocacia-Geral da União (AGU), órgão que faz assessoria jurídica à Presidência, deu um prazo máximo de 24 horas para a retirada dessas publicações.

"A AGU solicita às plataformas que, caso o pedido de remoção das postagens não seja acolhido, que ao menos seja acrescentado às postagens um esclarecimento de que a informação nelas veiculadas é falsa", indicaram as autoridades brasileiras.

Em causa estão publicações em que se alega que os cabazes alimentares básicos entregues às pessoas atingidas eram "doações de particulares reembaladas com a logomarca do Governo Federal"

"A alegação já foi desmentida", frisou a AGU.

O número de mortos devido às inundações do sul do Brasil subiu para 150, havendo ainda 112 pessoas desaparecidas e cerca de 620 mil deslocadas, indicaram na terça-feira as autoridades.

Com 2,12 milhões de pessoas afetadas, o estado do Rio Grande do Sul continua a ser o mais atingido, mais de uma semana depois de uma forte tempestade ter causado grandes devastações em quase dois terços do seu território.

Veja na galeria imagens de satélite cheias Sul do Brasil:

Nesta região que faz fronteira com o Uruguai e a Argentina, foram registadas 149 mortes, enquanto no estado vizinho de Santa Catarina, também afetado por fortes chuvas, embora em menor escala, foi registada a outra vítima mortal.

Desde o início desta tragédia climática, a maior da história do sul do Brasil, cerca de 80.000 pessoas e 11.000 animais foram resgatados pelas autoridades, enquanto 806 pessoas ficaram feridas.

Porto Alegre, a capital regional, continua parcialmente inundada, com o principal aeroporto da cidade fora de serviço, o centro histórico inundado e milhares de pontos sem eletricidade.

A mesma situação repete-se em municípios mais pequenos, como Rio Grande, a cerca de 360 quilómetros de Porto Alegre, onde atualmente se constroem pontes rudimentares com paletes de madeira para ligar infraestruturas críticas.