O Google pagou 4,2 mil milhões de euros em direitos de autor durante 2009. O montante é referido numa nota veiculada pela unidade espanhola da empresa, onde a gigante das buscas responde à possibilidade da França vir a cobrar uma nova taxa às empresas de Internet, que reverterá a favor da indústria criativa.

A proposta francesa - ainda em análise - defende a criação de uma taxa especial sobre as receitas que sirva para compensar as indústrias mais afectadas pela chamada "revolução digital".

"A Google já contribui para o desenvolvimento de conteúdos através dos acordos estabelecidos com uma grande quantidade de criadores e editores franceses. Além disso, distribuiu em todo o mundo neste último ano mais de 4.200 milhões de euros, ajudando com isto a financiar a criação de conteúdos", refere a nota de resposta, citada pela publicação espanhola Cotizalia.

Paralelamente a imprensa internacional dá conta de que a empresa norte-americana terá apresentado um pedido formal de desculpas aos escritores chineses cujas obras disponibilizou, sem autorização, na sua biblioteca digital.

Segundo a CWA (na sigla em inglês), na carta enviada o Google manifesta vontade de solucionar o problema, negociando com os escritores. A empresa compromete-se também a não disponibilizar mais livros chineses antes que os termos do acordo estejam definidos.

Já na Alemanha, o Google faz capa no semanário Der Spiegel com o título "O consórcio que sabe mais sobre si do que você mesmo". O artigo tem por base uma entrevista dada pela ministra da Justiça alemã, Sabine Leutheusser-Schnarrenberger, onde a responsável governamental refere que o motor de busca "está a transformar-se discretamente num gigantesco monopólio, como a Microsoft".

Sabine Leutheusser-Schnarrenberger considera "sobretudo perturbante a 'gigantomania' que transparece na busca de livros através do Google", e exigiu "mais transparência no manuseamento de dados pessoais".

Deixou igualmente um aviso: "se o Google não atender a estas advertências, em breve será necessário legislar para evitar excessos".