São mais de 17,3 milhões de votos na resposta à pergunta de Elon Musk que garantiu que vai cumprir os resultados da votação. Depois de todas as polémicas e contestação desde a compra da rede social, a maioria dos utilizadores votou sim, com 57,5% dos votos, enquanto 42,5% votaram não.  

A votação acabou mesmo agora, à hora de publicação desta notícia e  o tweet foi partilhado mais de 233 mil vezes e tem 143 mil comentários e 363 mil gostos. Elon Musk ainda não comentou mas há que esperar pela reação para perceber se vai cumprir o que prometeu.

Nas últimas 24 horas Musk fez quase 20 publicações na rede social. Nem todas foram sobre trabalho, mas a maior parte foi e a mais surpreendente é que o multimilionário garante ter colocado nas mãos dos utilizadores a decisão de continuar, ou não, como CEO, do Twitter, que comprou há pouco mais de um mês.

A atividade frenética já começa a ser um padrão. Desde que Elon Musk comprou o Twitter não há fim-de-semana (nem semana) sem polémicas que, não raras vezes, acabam por ser alteradas ou amenizadas, mas que até lá fazem correr muita tinta. Para não fugir à regra, nos últimos dias Elon Musk voltou a mostrar que não brinca quando diz que está permanentemente a trabalhar e que não consegue deixar de preocupar-se com detalhes e com temas de microgestão.

Antes disto, o domingo já seguia animado, depois de a rede social anunciar uma nova política, segundo a qual passaria a ser proibido publicitar a presença noutras plataformas sociais, através da conta do Twitter, partilhando links para esses perfis na informação de perfil ou mesmo nas publicações.

A informação, entretanto apagada, sobre a nova política de utilização da rede social, explicava que a proibição se aplicava a referências sobre o Facebook, Instagram, Mastodon, Truth Social, Tribel, Nostr e Post. Quem não respeitasse a política ia sofrer sanções tanto ao nível das publicações, como como da própria conta, alertava-se.

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A decisão foi polémica, embora no seu próprio perfil Musk tenha explicado a intenção. Segundo ele, o objetivo da medida é bloquear publicações ou referências que sejam publicidade explícita a outras plataformas, feita de forma gratuita. “Partilhar casualmente ligações está ok, mas acabámos com a publicidade incessante e gratuita à concorrência, que está nos limites do absurdo”.

A decisão acontece no culminar de uma semana em que vários jornalistas viram as suas contas bloqueadas no Twitter, incluindo reportes de meios de referência norte-americanos, como a CNN ou o The New York Times. Nos últimos dias a plataforma bloqueou também a conta @ElonJet, que monitoriza a localização do jato privado de Elon Musk.

As contas de jornalistas bloqueadas foram entretanto reativadas, depois de Musk lançar uma votação na rede social a perguntar aos utilizadores se deveria suspender o bloqueio. Os jornalistas em questão foram suspensos como “castigo” pela publicação de informações pessoais de Elon Musk, nomeadamente sobre o bloqueio da conta que segue os passos do jato privado de Elon Musk, criada por um estudante e com mais de 500 mil seguidores.

A medida tinha merecido críticas de vários quadrantes, incluindo de membros dos governos alemão e francês, das autoridades europeias ou da ONU, sobre a tentativa de controlo da liberdade de expressão e de imprensa.

A informação sobre a nova política de utilização do Twitter foi também removida com um pedido de desculpa de Musk, este domingo, onde o responsável também clarifica que as mudanças relevantes nestas regras vão ser colocadas em votação, antes de entrarem em efeito.

E, por incrível que pareça, no meio de um domingo tão agitado, Musk ainda teve tempo para ver a final do campeonato do mundo. Há vários tweets sobre isso e imagens em que aparece ao lado de Jared Kushner, genro e conselheiro de Donald Trump.

Todas as polémicas têm desgastado a imagem do milionário, que continua a ser alvo de muitos memes