A divulgação de informações falsas acerca da COVID-19 na Internet tem vindo a marcar o contexto da pandemia. À medida que a comunidade científica se aproxima cada vez mais da criação de uma vacina eficaz contra a doença, a desinformação continua a persistir nas redes sociais e plataformas online, com teorias da conspiração que podem pôr em causa a confiança da população em relação à Ciência.
Em linha com os esforços feitos anteriormente, o Facebook, Twitter e YouTube juntam agora a uma nova iniciativa mundial que quer encontrar novas formas de travar a disseminação de informações falsas acerca da crise de saúde pública.
O projeto, coordenado pela Full Fact, uma organização britânica de fact checking, conta também com a participação do Departamento do digital, media, cultura e desporto do governo do Reino Unido e do Instituto para o estudo do jornalismo da Reuters. Em destaque estão também sete organizações de fact checking.
Através de financiamento por parte do Facebook, a Full Fact espera lançar em janeiro de 2021 uma framework com novas regras comuns para lidar com a desinformação online, assim como um conjunto de medidas centradas em responder da melhor forma possível a informações falsas.
As gigantes tecnológicas têm vindo a tomar medidas para travar a disseminação de informação potencialmente falsa. Em março, a Microsoft, a Google, o Facebook, o Reddit, o Twitter, o YouTube e o LinkedIn juntaram-se numa iniciativa em torno da causa.
Recorde-se também que, em maio, a Comissão Europeia deu a conhecer que tinha identificado, em média, mais de 2.700 artigos sobre a COVID-19 que não correspondiam à realidade. No mesmo mês, o Fórum Económico Mundial (WEF na siga em inglês) alertou para a necessidade de uma maior regulação do uso de bots nas plataformas digitais para travar a disseminação de informações falsas.
Citando um estudo da Universidade de Carnegie Mellon, o WEF indica que há uma grande probabilidade de quase metade de todas as contas de Twitter que fazem publicações acerca da COVID-19 serem bots.
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