Em 2018, o número de transações de comércio eletrónico cresceu 17%, alcançando um valor total na ordem dos 5.000 milhões de euros, segundo o revelado pelos CTT, esta sexta-feira, com base no seu mais recente "e-Commerce Report”.
Os dados do relatório indicam ainda que há mais portugueses a comprar online, com 46% a fazerem pelo menos uma compra online durante o ano passado, mais 10% que em 2017. O valor equipara Portugal à média dos países do Sul da Europa (47%), de entre os quais o mercado espanhol continua a destacar-se como o que mais cresce.
Ao mesmo tempo, o número de compras de produtos também aumentou, com os portugueses a fazerem 13,8 compras anuais, 14% acima do registado no ano anterior, assim como o número médio de produtos por compra.
O relatório dos CTT confirma, a par de outros estudos sobre o setor, que os portugueses continuam a comprar maioritariamente em sites e/ou plataformas de ecommerce internacionais. A China surge destacada como o mercado mais referido (70%), seguindo-se a Espanha e o Reino Unido.
O smartphone é o meio preferido para as transações, seja na pesquisa (86%), no pagamento (80%) ou na notificação e combinação da entrega. Por outro lado, o preço é o principal driver do ecommerce, seja sobre a forma de descontos face às lojas físicas (68%), ou promoções (62%).
O peso das compras em canais online tem vindo a aumentar: 38% dos consumidores revelam que as compras online já superam as compras em lojas físicas. Entre os canais de compra online preferidos, 68% revelam preferir comprar nos marketplaces em detrimento das lojas online das marcas (41%).
Apesar do crescimento das compras online, "a experiência omnicanal tem de ser olhada como uma realidade do comércio em geral", sublinha-se. Perto de 97% dos ciberonsumidores portugueses revelam que compram nos canais online, mas também nas lojas físicas.
Na análise dos CTT é deixada uma nota relativamente à previsão de crescimento significativo para a época alta de 2019, em resultado das campanhas Black Friday, Cyber Monday, Singles Day e Natal. Cerca de 60% dos retalhistas inquiridos no relatório afirmaram estar à espera de registar uma subida entre 20% e 50%, em relação aos valores médios do resto do ano, enquanto os outros 40% apontam para crescimentos de vendas superiores.
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