O Instagram anunciou que adotou uma nova estratégia a nível global para travar a disseminação de fake news. Agora, quando surgem publicações com informações falsas, a plataforma vai assinalá-las com um aviso de que o conteúdo em questão não é verdadeiro. Através do seu programa de fact-checking, a rede social vai também removê-las da página Explore e da pesquisa por hastags.

De acordo com a sua página oficial, o Instagram vai recorrer a tecnologia que é capaz de comparar publicações para encontrar diversas versões de uma mesma informação que não é verdadeira, incluindo também conteúdo que foi assinalado como falso no Facebook. Uma publicação que seja assinada como falsa vai também incluir ligações para artigos noticiosos de fontes credíveis.

Novas medidas do Instagram para travar a disseminação de informação falsa
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Para determinar que conteúdo deve ser revisto pelos seus fact-checkers, o Instagram utiliza uma combinação entre o uso de tecnologia e o feedback de membros da rede social. Em agosto deste ano, a plataforma lançou uma atualização que permitia aos utilizadores identificar conteúdo que considerem falso.

Já pode sinalizar conteúdo que pensa ser falso no Instagram. Depois a plataforma decide o veredicto final
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De acordo com o feedback recebido dos utilizadores e com determinados sinais, como a duração do post e a atividade anterior da conta associada, cabe ao Instagram determinar se a publicação precisa de ser analisada por verificadores independentes de factos, treinando também a sua tecnologia de inteligência artificial para identificar conteúdo que não é verdadeiro.

Embora o Instagram tenha vindo a tomar medidas cada vez mais sérias para travar a disseminação de conteúdo falso, um estudo da Universidade de Nova Iorque alertou, ainda em setembro, para o risco elevado de a rede social ser utilizada como uma fonte de desinformação nas eleições presidenciais americanas de 2020.

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Já em 2018, um relatório do Comité de Inteligência do Senado dos Estados Unidos revelou que o Instagram foi uma ferramenta essencial na disseminação das campanhas de desinformação russas. De acordo com a Bloomberg, os resultados da investigação indicam que a Russian Research Agency, a troll farm que procurava dividir a opinão americana através de notícias falsas e memes, conseguiu ter mais engagement nesta rede social do que no Facebook.