No final do ano passado existiam na Europa e na América Norte 105 milhões de casas inteligentes, com destaque para a América do Norte, que se afirma como o mercado mais avançado nesta área. Terminou o ano com 51,3 milhões de casas inteligentes, número correspondente a uma taxa de penetração de 36% e a um crescimento de 13% face ao ano anterior. Na Europa, o número fixou-se nos 53,7 milhões.

Os dados são da Berg Insight, consultora especializada nos mercados de M2M e IoT (soluções máquina a máquina e Internet das Coisas) e também mostram que os produtos mais populares nas casas consideradas inteligentes são termostatos, iluminação, câmaras de segurança, sistemas de fecho de portas ou altifalantes. Todos estes produtos são também conotados como inteligentes, por assegurarem conectividade e, em alguns casos, ligação a outros dispositivos da casa.

O estudo também refere que na Europa são mais comuns sistemas tradicionais de automação e soluções inteligentes de decoração, do que sistemas inteligentes integrados para toda a casa. Na América do Norte as soluções mais populares são os sistemas de segurança interativos. Nas duas regiões os sistemas inteligentes integrados e para toda a casa chegam a 20 milhões de lares na Europa e a 30 milhões na América do Norte.

A liderar as vendas de soluções inteligentes para o lar estão fabricantes de automação tradicionais, empresas especialistas em soluções de segurança, decoração e operadores de telecomunicações. Alguns exemplos referidos na pesquisa são a Signify, Resideo, Danfoss, Belkin, Chamberlain ou Assa Abloy, aos quais se juntam alguns novos atores nesta área, como a Ecobee, Mysa, Nuki, Arlo, Netatmo, IKEA ou Wyze Labs.

A Berger sublinha que há uma diferença entre casas conectadas, com alguns sistemas ligados, e casas inteligentes, identificando ainda um longo caminho a percorrer para concretizar o segundo conceito. “Ainda há muito trabalho a fazer no mercado doméstico inteligente antes de se chegar à verdadeira casa inteligente, onde os produtos e sistemas de diferentes fornecedores trabalham em conjunto e são otimizados de forma automática para servir o utilizador”, destaca a Berger.

Este ano deve chegar ao mercado uma nova norma para estas comunicações (Matter), que irá contribuir para acelerar o desenvolvimento do mercado e ajudar a potenciar o valor destas soluções, defende o mesmo responsável.

Em 2026, as estimativas da empresa indicam que 74,6 milhões de casas na América do Norte vão ser inteligentes, metade das casas da região. A Europa continuará ligeiramente atrás, com 100 milhões de casas conectadas em 2026, o que representará uma penetração de 42%.