A Interpol revela que, através de uma nova operação contra crimes financeiros digitais, autoridades em 20 países detiveram mais de 1.000 suspeitos e aprenderam 27 milhões de dólares.

De acordo com a entidade, a operação HAECHI-II, que decorreu entre junho e setembro deste ano, permitiu apurar que grupos criminosos organizados recorriam a esquemas de emails fraudulentos direcionados contra empresas para roubar dinheiro às vítimas e depositá-lo depois em contas bancárias espalhadas um pouco por todo o mundo.

Entre o rol de crimes praticados pelos grupos destacam-se ainda casos de roubo de identidade, investimentos fraudulentos e lavagem de dinheiro. “Os resultados da operação HAECHI-II demonstram que o aumento de crimes financeiros online gerado pela pandemia de COVID-19 não dá sinais desacelerar”, afirma Jürgen Stock, secretário-geral da Interpol em comunicado.

Num caso em específico, passado na Colômbia, uma empresa viu-se nas mãos no grupo de criminosos, tendo sido defraudada em mais de 8 milhões de dólares através de um sofisticado esquema de emails fraudulentos.

Os criminosos fizeram-se passar por um representante legal da empresa, dando ordens para serem transferidos mais de 16 milhões de dólares para duas contas bancárias chineses. Metade do dinheiro foi transferida antes que a empresa colombiana se apercebesse que estava a ser vítima de fraude e de alertar as autoridades competentes.

Já noutro caso, uma empresa na Eslovénia foi enganada pelos criminosos e levada a transferir mais de 800.000 dólares para contas de “mulas de dinheiros” na China. De acordo com a Interpol, a operação HAECHI-II serviu também como uma forma de testar um novo sistema que permite intercetar de atividade financeira suspeita chamado ARRP (Anti-Money Laundering Rapid Response Protocol).

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Para lá dos crimes deste grupo, a Interpol destaca que a operação HAECHI-II permitiu detetar uma aplicação maliciosa que usava o nome e imagem da popular série Squid Game. A aplicação, que infetava os equipamentos com um Trojan, acedia às informações bancárias da vítima, fazendo com que subscrevesse a serviços premium sem o seu consentimento.

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