Ainda ontem, a Comissão Europeia fez um ultimato a Elon Musk, exigindo que tomasse medidas imediatas para remover informação falsa que circula no X sobre os ataques em Israel. Agora, o executivo comunitário aponta a sua mira para Mark Zuckerberg, alertando para a desinformação nas redes sociais da Meta.

Numa carta endereçada ao CEO da Meta, Thierry Breton, comissário europeu do Mercado Interno, reconhece que as medidas de moderação de conteúdo da empresa melhoraram, no entanto, à medida que o conflito entre Israel e o Hamas evolui, o risco para a circulação de desinformação continua a aumentar.

Tal como na carta endereçada a Elon Musk, o comissário europeu relembra as obrigações do Regulamento dos Serviços Digitais, em particular, no que respeita à moderação de conteúdo.

“No seguimento dos ataques terroristas levados a cabo pelo Hamas em Israel, estamos a observar um aumento na disseminação de conteúdo ilegal e de desinformação na UE através de determinadas plataformas”, detalha Thierry Breton.

No caso da Meta, a Comissão foi notificada de que há um vasto número de deepfakes, assim como de publicações com conteúdo manipulado, que circularam anteriormente nas plataformas da empresa e que ainda estão online. "Lembro que a DSA exige que se leve extremamente a sério o risco de amplificação de imagens manipuladas e factos gerados com a intenção de manipulação de eleições", indica o comissário europeu.

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O comissário pede a Mark Zuckerberg e à sua empresa para que se mantenha vigilante, de modo a assegurar o cumprimento das regras do Regulamento dos Serviços Digitais, no que toca a remoção atempada e diligente de conteúdo ilegal, além da tomada de medidas de mitigação de desinformação. Bruxelas dá também à empresa de Mark Zuckerberg 24 horas para dar uma resposta ao pedido feito.

No caso da rede social de Elon Musk, Thierry Breton revelou também através da rede social X que a Comissão Europeia já recebeu uma resposta da empresa. Agora, a equipa responsável pela execução do Regulamento dos Serviços Digitais vai analisar a resposta e decidir que medidas serão tomadas.

Através da mesma rede social, Linda Yaccarino, CEO do X, afirma que, a empresa está a reunir esforços para dar resposta a esta situação o mais rapidamente possível, disponibilizando também a carta endereçada à Comissão Europeia onde são detalhadas todas as medidas que a plataforma está a tomar.

Nota de redação: A notícia foi atualizada com mais informação relativa à resposta da redes social X (Última atualização: 10h53)