Para aqueles que pensam que o metaverso é a grande tendência tecnológica capaz de gerar lucros elevados rapidamente, o dono da Meta, Mark Zuckerberg já esclareceu os seus acionistas que o investimento vai continuar a drenar as contas da empresa nos próximos anos. Durante uma reunião de acionistas, o CEO da Meta prevê que a criação do seu Metaverse requeira um investimento entre três a cinco anos, estando dessa forma preparado para os prejuízos da divisão. Alguns dos produtos nem vão estar prontos para chegar ao mercado em 10 a 15 anos.

“Queremos que o hardware seja o mais acessível possível para todos e garantir que a economia digital cresça, salientou o dono da Meta aos seus acionistas, segundo uma nota que a Bloomberg teve acesso.

Nas suas contas, Mark Zuckerberg disse que a empresa gastou cerca de 10 mil milhões de euros apenas em 2021 no investimento inicial do seu metaverso. Foi referido que neste ano estiveram 10 mil colaboradores a trabalhar na sua visão de metaverso, estando previsto inicialmente duplicar o número de empregados para o projeto. No entanto, devido à desaceleração da economia, no início de maio a empresa reviu os seus planos de contratação.

Apesar de Mark Zuckerberg continuar a ser o acionista maioritário da empresa, os seus planos para o metaverso têm sido escrutinados internamente, havendo mesmo quem não se sinta confortável com este projeto a longo termo. Só no encontro desta quarta-feira foram rejeitadas 12 propostas submetidas pelos acionistas. Uma delas pedia à empresa para encomendar um relatório e uma votação entre acionistas para decidirem se a continuada implementação do metaverso era prudente e apropriada.

O Business Insider falou em abril com ex-empregados e outros que ainda estão no Facebook, que salientaram que há pouca coisa que interesse a Mark Zuckerberg que não o multiverso. No entanto, este não tem uma estratégia coerente para o projeto, que o mesmo diz ser o futuro da internet.

Outras propostas apresentadas incluíam mudanças na forma como a Meta utiliza as cláusulas de ocultação nos contratos dos empregados relacionados com assédio e descriminação, a publicação de uma avaliação independente do seu impacto sobre os direitos humanos.

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