O Massachusetts Institute of Technology (MIT) lançou oficialmente na segunda-feira um projecto para a criação a longo prazo de uma biblioteca digital incorporando virtualmente toda a obra intelectual dos professores e investigadores daquela prestigiada instituição norte-americana de ensino superior e pesquisa.
No sequimento do projecto OpenCourseWare, uma iniciativa semelhante do MIT para disponibilizar online os materiais auxiliares de todas as disciplinas aí leccionadas, esta nova iniciativa denominada DSpace resulta de uma joint-venture com a Hewlett-Packard e destina-se a criar um arquivo para guardar biliões de bytes de informação em formato digital.
No seu âmbito serão incorporadas gravações de aulas, experiências, exames ao cérebro e monitorizações do espaço interestelar. O DSpace visa resolver a versão da era digital de um problema que desde há muito afecta as livrarias convencionais que detêm enormes quantidades de conteúdo digital armazenado em formatos, como as disquetes de cinco polegadas e jornais envelhecidos, que correm o risco de se tornarem inutilizáveis pelas gerações futuras.
O MIT espera com este sistema, que começou a ser desenvolvido em 1998, vir a liderar um consórcio de universidades espalhadas pelo mundo que irão conceber sistemas empregando a tecnologia DSpace, disponibilizando desta forma a informação académica a qualquer computador no mundo ligado à Internet.
Prevê-se que pelo menos oito outras instituições de ensino superior se juntam ao DSpace no próximo Setembro, incluindo a Universidade de Cambridge na Inglaterra, e as universidades de Rochester, Toronto e Washington. O MIT está também a trabalhar para tornar a tecnologia com um esforço idêntico no sistema da Universidade Estadual do Ohio e a da Califórnia.
A Hewlett-Packard disponibilizou um fundo de 1,8 milhões de dólares para lançar o projecto. O MIT espera despender anualmente cerca de 250 mil dólares na manutenção e funcionamento do DSpace, que irá incluir um motor de pesquisa, permitindo que os visitantes procurem informação mediante o recurso a tags de conteúdos identificando os ficheiros. O projecto emprega software open-source para tornar possível que outras universidades e organizações participem.
De acordo com os responsáveis pela iniciativa, até agora foram já arquivados mil items representando um total de 2 terabytes de dados - o equivalente ao espaço dos discos rígidos de 200 PCs topo de gama. A longo prazo, o MIT espera vir a guardar petabytes ou milhares de terabytes de dados.
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