A pandemia de COVID-19 causou mudanças nos hábitos de consumo, incluindo em matéria de entretenimento. Se o panorama atual não é o mais favorável aos canais de TV tradicionais, as plataformas de streaming conseguiram crescer e prevê-se que a competição acelere rapidamente à medida que os serviços se vão tornando disponíveis.
Ao todo, espera-se que o número de assinantes na europa ocidental atinja os 169,6 milhões até ao final de 2020, um valor que representa um aumento de 15,6% face a 2019. De acordo com os analistas da plataforma eMarketer, o número de utilizadores de serviços de subscrição OTT vai continuar a aumentar. Os especialistas esperam que se alcance a marca dos 187 milhões de assinantes em 2022 e a dos 196,3 milhões em 2024.
A Netflix afirma-se como o serviço de subscrição mais popular na europa ocidental. Os analistas preveem que a base de assinantes apresente um crescimento de 17,3% em 2020, totalizando 133,3 milhões. No entanto, as previsões apontam um desaceleramento a partir do próximo ano e a plataforma terá de continuar a “lutar” contra as suas rivais para manter-se na liderança.
Já o Amazon Prime Video, que fez a sua estreia este ano em países como o Luxemburgo e Holanda, poderá registar um crescimento significativo no número de assinantes, mesmo em mercados onde já está bem estabelecido, como a França, com uma subida de 71,4%, a Alemanha, com uma de 12,8%, e o Reino Unido, com mais 22,8%.
Segundo dados de um relatório de junho da associação alemã AGF Videoforschung e da consultora Kantar, o Disney+ era já o terceiro serviço de streaming mais popular no país, apesar de só ter entrado no mercado alemão em março. Recorde-se que o serviço da Disney chegou a Portugal em setembro deste ano.
À medida que a procura por conteúdos feitos a nível nacional aumenta na europa ocidental, alguns canais de televisão estão a mudar a sua estratégia e começam a oferecer os seus próprios serviços de streaming.
Em Portugal, por exemplo, a SIC apostou recentemente a criação do OPTO, um novo serviço de subscrição próprio que “resulta da estratégia de diversificação da marca”, explicou Cristina Vaz Tomé Administradora da SIC e Impresa Publishing durante o painel New Media, Sports and Entertainment, no terceiro dia da edição de 2020 do Portugal Digital Summit.
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