A mais recente edição do relatório European Tech Insights, elaborado pelo Center for the Governance of Change da Universidade IE, em Espanha, revela que 51,5% dos europeus acreditam que a desinformação deveria ser tornada ilegal, com a publicação de noticias falas nas redes sociais a ser sancionada pelos governos.
Os dados dão a conhecer que, deste conjunto, o Reino Unido (62,8%), Espanha (60,4%) e Alemanha (58,3%) são os países que mais apoiam esta medida. Por outro lado, a Roménia e a Itália são os únicos países inquiridos que não concordam com esta ideia.
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A desinformação é vista por 42,3% dos europeus como o principal problema associado às redes sociais. Por outro lado, os inquiridos na faixa etária entre os 18 e os 24 anos, sobretudo em países como Alemanha, Suécia e Reino Unido, apresentam mais preocupações relativamente ao discurso de ódio e extremismo (38,7%) do que com a desinformação (31,3%) neste contexto.
Com a guerra na Ucrânia a marcar a atualidade, 42,2% dos europeus afirmam já foram vítimas de notícias falsas sobre o conflito. As gerações mais novas sentem-se mais vulneráveis a este fenómeno, com 52,3% dos inquiridos com idades inferiores a 35 anos a indicarem que já foram expostas a fake news acerca da guerra na Ucrânia.
A desinformação não é a única preocupação dos participantes do estudo. O atual clima geopolítico aumentou os receios relativamente a ciberataques e 67,3% estão preocupados com a possibilidade de as infraestruturas críticas dos seus países serem afetadas por ataques informáticos, sobretudo entre os inquiridos vindos do leste da Europa.
Mesmo assim, o uso de tecnologia por parte de governos é visto por 64% dos inquiridos como uma das chaves para fortalecer a democracia. Por um lado, a Roménia (83,7%), a Estónia (83,5%) e a Polónia (82,7%) são os países que mais concordam com esta ideia. Por outro lado, o Reino Unido (42,2%) e Espanha (43,7%) são os que menos acreditam nela.
Segundo o relatório, 56,4% dos europeus creem que a tecnologia melhorou a forma como participam no processo democrático. Os mais jovens são quem suporta a ideia em comparação com as faixas etárias mais velhas (64,5% versus 48,7%).
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