A Polícia Judiciária, através da sua unidade UNC3T, em colaboração com a EUROPOL, lançou uma campanha de sensibilização às pessoas, alertando que ser “mula de dinheiro” constitui um crime, e no caso de ter sido aliciado deverá denunciar às autoridades. E o que são “mulas de dinheiro”? Tratam-se de pessoas que são recrutadas por organizações criminosas para transferirem fundos ilícitos de um local para o outro, recendo em contrapartida uma comissão.
Entre os meses de setembro e novembro foi realizada pelo sétimo ano consecutivo, uma operação contra o branqueamento de capitais através das “mulas de dinheiro”, denominado por EMMA 7 (European Money Mule Action). Sob o tema “DontBeaMule”, estiveram envolvidos 27 países, contando com o apoio da Federação Bancária Europeia, FinTech FinCrime Exchange, Interpol, Western Union, Microsoft, Instituições Financeiras e Fourthline.
No final da campanha tinham sido detidos 1.803 indivíduos, assim como a identificação de 18.000 “mulas de dinheiro”, sendo tomadas medidas cautelares que evitaram a perda de 67,5 milhões de euros.
Durante a campanha entre 15 de setembro a 30 de novembro, em Portugal, a Polícia Judiciária identificou 94 pessoas como sendo “mulas de dinheiro”, sete angariadoras e detidas três pessoas que atuaram como “mulas de dinheiro”. Foram iniciadas 85 investigações, reportadas 527 transações bancárias fraudulentas. Foi ainda apreendido cerca de 530 mil euros provenientes de fontes ilícitas.
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