Num artigo publicado no seu site a DECO diz que ainda se arrisca muito online e que 65% dos inquiridos nem sempre minimizam os riscos à espreita. Dos resultados do inquérito realizado, e que contou com 679 respostas, a associação indica que a quase totalidade dos inquiridos mostram preocupações com a segurança e privacidade, mas não agem no sentido de a salvaguardar.

Entre os que já  foram vitimas de malware, 5% perderam tudo o que tinham no PC, 7% foram vítimas de phishing (tentativa de roubo de informação pessoal) e 5% foram alvo de ransomware (bloqueio do PC em troca de resgate).

Os backups regulares que poderiam evitar perdas maiores não fazem parte dos hábitos de quase 40% dos inquiridos, isto apesar de a maioria optar por programas de antivirus para proteger os computadores, sendo que 81% optam por um programa gratuito.

Os que pagam por programas de segurança gastam em média 58 euros por ano.

A nível da privacidade, os participantes no inquérito referem acessos não autorizados ao email ou às contas de redes sociais, acontecimentos frequentes entre os jovens, sendo que um quarto dos inquiridos entre os 18 e 34 anos reportam violações de privacidade.

Segundo a DECO, em alguns casos os dados que circulam na Web geraram conflitos com o parceiro ou um familiar. Há também utilizadores que reportam ameaças, perseguições ou difamação online, ou ainda situações que os prejudicaram na escola ou no trabalho. A associação refere ainda outros estudos estimam que o ciberbullying afeta cerca de um quinto dos jovens de 13 anos. 

 

Redes sociais com poucos amigos "verdadeiros"

No inquérito a DECO indica que a larga maioria dos participantes, 87%, possui uma conta numa rede social, sendo o Facebook o preferido mas também o Twitter e o Instagram. Metade dos que responderam confessam usar a rede social de forma contínua ou quase. 

Mas os "amigos" registados nestas redes são pouco próximos. Mais de metade admitem que são pessoas que apenas conhecem superficialmente (53%) ou que nunca viram cara a cara (30%).

Segundo a associação, a taxa de arrependidos e que já tiveram de eliminar pessoas entre os seguidores ou comentários publicados sobre si na rede é considerável.

Ainda assim, 22% admitem nunca ter configurado a privacidade da conta e cerca de um quinto optou pelo perfil público. Só 54% disponibilizam a informação a um círculo privado de amigos. Cerca de 60% dos inquiridos afirmam ter agora mais cuidado e pensar bem antes de publicar algo online.
Entre as queixas registadas, 70% admitem existir online informação que não tinham intenção de partilhar, nomeadamente fotos e morada. Cerca de 5% dos inquiridos queixaram-se de já terem sido alvo de difamação, ameaças ou perseguições.