Os consumidores portugueses são os europeus que mais intenções têm de comprar através das redes sociais nos próximos anos. Quase metade dos inquiridos, cerca de 41%, admitiram que no futuro tencionam adquirir bens através de plataformas sociais, um valor que é superior aos 29% da média europeia no mesmo indicador.

Atualmente, 18% dos portugueses já admitem fazer compras através de sites com cariz social e de forma regular. Nesta área de análise os consumidores nacionais ficam atrás dos italianos e dos polacos, que têm taxas de comercialização em redes sociais acima dos 23%. Ainda assim Portugal fica ligeiramente acima da média europeia que é de 17%.

O estudo do Observatório Cetelem analisou as intenções de consumidores de 12 países e concluiu ainda que 78% dos europeus das nações analisadas já fazem compras através da Internet. Em Portugal o valor desce para os 72%.

Juntando os dois indicadores, os analistas acreditam que o eCommerce só tem tendência para crescer nos próximos anos e que as redes sociais podem ser um dos principais motores desse crescimento.

"O consumo 2.0 tem de ser mais inteligente e mais moderno", considera o diretor de marketing do Cetelem em Portugal. Diogo Lopes Pereira considera que os consumidores têm cada vez mais conhecimento de causa relativamente às compras online e que as compras à distância vão fazer parte da realidade futura.

Os modelos de compra sociais, com base na sugestão de amigos e pessoas de círculos próximos, é uma das formas de promover o comércio online e de transmitir alguma segurança ao eCommerce. Por outro lado, as redes sociais são das plataformas onde os jogadores mais tempo passam.

Recentemente uma aplicação portuguesa, a Facestore, criou um modelo destinado para empresas que permite a comercialização de alguns produtos através do Facebook. Incluindo o pagamento, tudo se faz dentro da rede social.

No ano passado o TeK também já tinha dado a conhecer o Bewarkert, um mercado para utilizadores normais onde podem ser vendidos e comprados todo o tipo de produtos e bens.

No estudo do Observatório Cetelem foram inquiridas mais de 6.500 pessoas (pelo menos 500 indivíduos por país, com idade superior a 18 anos) através da Internet, em 12 países Europeus: Alemanha, Bélgica, Espanha, França, Hungria, Itália, Polónia, Portugal, República Checa, Roménia, Reino Unido e Eslováquia


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