
Um novo relatório da Global Disinformation Index (GDI) revela que a Google e a Amazon estão a vender anúncios em websites que disseminam teorias da conspiração e informações falsas acerca da pandemia de COVID-19. Os investigadores da organização britânica estimam que os anúncios tenham gerado ao todo 25 milhões de dólares em receitas para as plataformas que publicam desinformação.
A investigação analisou 480 websites em língua inglesa que publicam frequentemente informações falsas acerca da COVID-19 e descobriu que 95% dos anúncios são apresentados através dos serviços da Google, Amazon e OpenX, com 75% das publicidades a recorrer à plataforma da gigante de Mountain View.
Estima-se que os anúncios que surgiam através do Google Adsense tenham gerado 19,2 milhões de dólares em receitas. Já os que eram apresentados pelos serviços da OpenX somaram cerca de 2,6 milhões de dólares e os da Amazon 1,7 milhões de dólares.

O relatório detalha que foram encontrados múltiplos anúncios de empresas como a Ebay, a Microsoft, a Nissan, a T-Mobile, a L’Oreal, a Bloomberg e até a P&G ou a Johnson & Johnson.
Os especialistas explicam que as publicidades a grandes marcas foram também encontradas em artigos confirmados como falsos acerca de curas para a COVID-19, medidas de vigilância estatal e teorias que apontam o Governo chinês ou uma elite global de governantes como os culpados da propagação do vírus.
Em resposta às conclusões obtidas pela GDI, um porta-voz da Google afirmou que a empresa considera que a investigação poderá ter falhas profundas, pois não define o que é considerado como desinformação nem é totalmente transparente no cálculo das receitas dos anúncios.
“A Google tem políticas de publicação estritas concebidas para prevenir a monetização de conteúdo perigoso ou fraudulento”, sublinhou o porta-voz à Bloomberg, acrescentando que estão a empresa está a tomar uma “abordagem agressiva” quanto ao conteúdo falso acerca da COVID-19, tendo bloqueado inclusive 5 dos sites analisados pela GDI.
Embora as gigantes tecnológicas tenham unido esforços para combater a desinformação relacionada com a pandemia, a GDI afirma que as plataformas ainda têm muito trabalho a fazer para travar a propagação de informação falsa e que as conclusões da investigação revelam apenas a ponta do “iceberg”.
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