A disseminação de conteúdos relacionados com o chamado sextortion ou burla sexual financeira tem vindo a crescer em plataformas online como o TikTok, Instagram, YouTube e Snapchat.
O alerta é dado pelo Network Contagion Research Institute (NCRI), num relatório onde dá conta da multiplicação dos “truques” para ensinar a identificar vítimas e extorquir dinheiro com técnicas de sextortion, nestas e noutras redes sociais.
A maior parte dos materiais de sextortion pertence a um grupo cibercriminoso não organizado na África Ocidental, denominado Yahoo Boys, que ganhou popularidade por divulgar conteúdos que ensinam outras pessoas a enriquecer rapidamente.
Os investigadores do NCRI detetaram as publicações deste grupo a partir do Instagram, Snapchat e Wizz, encontrando igualmente dezenas de vídeos tutoriais no TikTok e no YouTube, detalhando como praticar sextortion, simplesmente usando a hashtag #YahooBoys.
A organização também encontrou scripts no Scribd que podiam ser usados para forçar as vítimas a pagarem usando termos semelhantes. A análise do NCRI revelou que os documentos no site foram vistos mais de 500.000 vezes.
As burlas sexuais financeiras têm causado um número significativo de mortes nos Estados Unidos. Adolescentes e homens jovens são normalmente os alvos preferenciais, o que por vezes leva as vítimas ao suicídio.
As técnicas passam pela obtenção de fotos íntimas que depois os criminosos ameaçam divulgar a não ser que exista um pagamento em troca, através de serviços como o Venmo ou CashApp, de Bitcoin ou de cartões de oferta, revela o NCRI.
A organização está a recomendar às plataformas online que disponibilizem uma opção que permita aos utilizadores reportarem ameaças de partilhar de imagens privadas. Revelou também que contactou os serviços e aplicações visados no relatório e que muitos já removeram os conteúdos criminosos em questão.
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