A propagação de informações falsas acerca da COVID-19 nas redes sociais tem vindo a marcar o atual contexto de pandemia. Depois de ter banido todos os Tweets que possam vir a colocar os utilizadores em risco de contrair a doença, o Twitter anunciou a chegada de novas medidas para travar a disseminação de desinformação sobre a doença na plataforma.
Agora, quando surgem publicações com informações falsas, o Twitter vai assinalá-las com um aviso que indica que o conteúdo apresentado não é verdadeiro ou que foi manipulado, de forma semelhante a uma funcionalidade testada em fevereiro deste ano.
A empresa explica que os avisos terão também um link onde o utilizador poderá consultar informações validadas por entidades e autoridades, por exemplo, na área da saúde.
O Twitter indica ainda que tomará diferentes medidas consoante tipo de conteúdo publicado. No que toca a informação que tenha sido confirmada como falsa por autoridades, vista como “Misleading Information”, a plataforma colocará um aviso na publicação, podendo também removê-la em casos mais graves.
O Twitter é uma das empresas que faz parte da iniciativa lançada em março por várias gigantes tecnológicas para travar a disseminação de desinformação sobre a doença nas plataformas online.
Recorde-se que num relatório de abril, a Comissão Europeia deu a conhecer que identificou, em média, mais de 2.700 artigos sobre a COVID-19, que não correspondiam à realidade, partilhados nas redes sociais. De acordo com a Comissão Europeia, as plataformas online estão a registar milhões de publicações falsas ou enganosas, o que mostra que "existe um potencial de crescimento muito grande de desinformação".
O relatório indica que, desde o início do surto do novo coronavírus que o Twitter assistiu a um aumento de 45% da utilização do "Twitter Moments". O guia reúne conteúdos escolhidos pela plataforma e permite acompanhar os dados mais recentes acerca da pandemia.
O Facebook e o Instagram direcionaram mais de 2 mil milhões de pessoas para plataformas de autoridades de saúde, incluindo a Organização Mundial da Saúde. O YouTube também está a ajudar no combate à crise de saúde pública. A plataforma analisou mais de 100.000 vídeos com desinformação ou conteúdos enganosos, removendo mais de 15.000.
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