A Polícia Judiciária deteve um cidadão nigeriano, de 30 anos de idade, por acesso ilegítimo a endereços de email de altos responsáveis de empresas europeias. A operação foi conduzida pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T).
O suspeito terá ordenado transferências de dezenas de milhares de euros para várias contas de um banco português que abriu com recurso a identidades falsas. Detido no final da passada semana, o cidadão apoiava ainda uma rede internacional num esquema de burlas informáticas, que contemplava outras atividades ilícitas, como branqueamento de capitais e falsificação de documentos.
Em resposta, a PJ intensificou as ações de prevenção junto da banca.
O homem foi presente na sexta-feira passada a primeiro interrogatório judicial para que lhe fosse aplicada uma medida de coação.
“A investigação apurou que os factos se consubstanciam na manipulação de dados sobre transferências bancárias, acesso ilegítimo a sistemas de correio eletrónico dos ordenantes das operações, com posterior branqueamento dos valores ilicitamente obtidos, que na gíria se conhece como “CEO FRAUD” e que operava no território nacional”, explica a PJ em comunicado.
Segundo escreve o Jornal Económico esta segunda-feira, a burla ascende a 170 mil euros, mas os meios eletrónicos utilizados para a concretização destes crimes já foram apreendidos pelas autoridades.
A UNC3T vai continuar as investigações para apurar a extensão desta rede e a intensidade com que se têm detetado este tipo de atividades. Aos bancos, recomenda que confirmem por contacto telefónico direto as intruções transmitidas por email.
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