Para muitos, viajar de avião na época natalícia para visitar a família, ou para passar umas férias de Natal fora do país, é já uma tradição anual. No entanto, numa época em que os hackers optam por abordagens cada vez mais sofisticadas para levar a cabo as suas intenções, até os aeroportos estão na “mira” dos cibercriminosos.

De acordo com uma análise da SOPHOS, a crescente digitalização dos processos e serviços oferecidos pelas companhias aéreas pode ser uma “porta de entrada” para o cibercrime. Por exemplo, a utilização de dispositivos IoT e de smartphones como forma de acreditação dos passageiros nos aeroportos pode aumentar o risco de ciberataques.

Se está a planear viajar, seja durante ou até mesmo fora da época natalícia, a SOPHOS recomenda atenção redobrada, pois as ameaças podem “esconder-se” onde menos espera. Os postos de carregamento nos aeroportos são particularmente úteis, no entanto, os cibercriminosos podem infetá-los com software malicioso, o chamado Juice Jacking. Para evitar que os dispositivos eletrónicos se tornem vulneráveis a este tipo de ataque, os utilizadores devem configurar o modo de acesso USB para evitar a transferência de dados ou até mesmo utilizar dispositivos que protegem a ligação.

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As ligações wi-fi nos aeroportos podem ajudar os passageiros a passar o tempo nas suas aplicações preferidas ou até mesmo “salvar” quem está a acabar um trabalho importante e precisa mesmo de estar online. Neste tipo de cenário, os cibercriminosos podem aproveitar-se dos passageiros mais incautos, imitando pontos de acesso wi-fi para roubar os seus dados. De acordo com a SOPHOS, a melhor opção será optar por uma abordagem cuidadosa e utilizar ferramentas de segurança que detete tentativas de “wi-fi spoofing”.

A perda e roubo de dados é outro dos riscos destacados pela empresa de segurança. Além de ciberataques relacionados com erros humanos nos sistemas informáticos dos aeroportos, os dispositivos eletrónicos dos passageiros podem acabar por cair nas mãos de ladrões. A SOPHOS relembra que os smartphones, tablets e computadores devem ser protegidos não só através de passwords de bloqueio, mas também de encriptação das informações que contêm.

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O phishing e, mais recentemente, o smishing, onde os atacantes tentam enganar as vítimas através de SMS, podem também afetar os passageiros. A empresa de segurança indica que 93% dos ciberataques desta espécie começam com um email fraudulento. Assim os passageiros devem manter-se alerta contra qualquer mensagem que pareça mais suspeita e não aceder aos links por elas apresentados.