Bruxelas lançou uma consulta pública sobre políticas e iniciativas que a Europa deve apoiar para explorar as capacidades da Web 3.0, através da qual a Comissão Europeia quer potenciar o crescimento e desenvolvimento económico e tecnológico.

Num comunicado, o executivo resume os principais passos que a Europa tem de seguir para responder à fase seguinte da Internet. As mudanças na Internet têm sido aceleradas pelo sucesso de serviços como as redes sociais, os serviços empresariais online, os serviços nómadas baseados em sistemas GPS e a televisão móvel e estes são aspectos focados na análise e onde se acredita haver possibilidade de liderança tecnológica para a região.

A consulta foi lançada em paralelo com um relatório, onde a Comissão Europeia deixa patente a ideia de resposta e liderança na nova etapa da Sociedade de Informação com a expansão para a Web 3.0 que, segundo o documento, abre caminho a uma nova geração online, centrada numa infra-estrutura de banda larga de alto rendimento.

Esta nova forma de utilizar a Internet continua a incluir as tendências da precedente Web 2.0 embora as potencie ainda mais, o que permitirá maior facilidade na gestão da informação.

Segundo um relatório do executivo comunitário, a Europa "está bem situada" para beneficiar desta revolução, porque as suas políticas pretendem impulsionar as redes de telecomunicações que favorecem a concorrência e que protegem a vida pessoal e segurança dos cidadãos.

Para a comissária europeia para a Sociedade de Informação, Viviane Reding, a Web 3.0 é sinónimo de actividades comerciais, sociais e recreativas, que podem ser executadas em "qualquer lugar e a qualquer momento" sobre redes "rápidas, fiáveis e seguras".

Por outro lado, o executivo publicou um novo índice de prestação da banda larga, que tem em conta factores como a velocidade, o preço e a concorrência ou cobertura nos mercados comunitários.

Segundo o relatório, metade dos internautas europeus tinha, no final de 2007, um acesso de banda larga de mais de 2 MBps, ou superior, uma velocidade que já permite, por exemplo, ver televisão através da Internet. Os dados compilados pela análise indicam ainda que 70 por cento das zonas rurais já tem acesso à banda larga, face a 93 por cento dos centros urbanos.

De acordo com Bruxelas, estes dados indicam que a Internet de nova geração tem cada vez mais utilizadores e que o seu potencial para a economia é "manifesto".

Neste contexto, a CE assinala que a próxima Internet, baseada nas tais infra-estruturas de alto rendimento e já denominada como "Internet dos objectos" será um meio de interacção de máquinas, veículos, aparelhos, sensores e muitos outros dispositivos que se irão manter online. Calcula-se até que mais de mil milhões de telefones estarão equipados com aquela tecnologia até 2015.

Por último, Bruxelas volta a considerar que a rede deve manter-se aberta à concorrência, evitar restrições e proteger a confiança dos utilizadores.