Desde a invasão da Ucrânia, no passado mês de fevereiro, que o YouTube removeu mais de 70 mil vídeos relacionados com o conflito. A empresa adiantou o número ao jornal inglês, The Guardian, e justificou a remoção da maioria com o facto de estes terem infringido uma regra que proíbe os criadores de conteúdo de negar ou trivializar eventos como este. Em alguns casos, os vídeos referiam-se à invasão como sendo uma "missão de libertação".
Em consequência, quase 9 mil canais foram suspensos, incluindo o do jornalista pro-Kremlin, Vladimir Solovyov.
"Temos um enquadramento que nos permite gerir conteúdos sobre eventos violentos de grande dimensão e ele aplica-se aos casos em que estes são negados: do Holocausto a Sandy Hook. E, claro, o que se está a passar na Ucrânia é um evento violento de grande dimensão", contextualizou Neal Mohan, gestor de produto no YouTube, em conversa com o The Guardian. "Foi com base nesse enquadramento que tomámos esta decisão sem precedentes", remata.
Nos últimos meses, os utilizadores que pesquisaram por conteúdo relacionado com a guerra, tanto na Ucrânia, como na Rússia, acabaram por encontrar vídeos mais credíveis e precisos, em parte devido às ações tomadas pelo YouTube. Mohan afirma que a sua primeira responsabilidade é "garantir que os utilizadores têm a possibilidade de aceder a informação exata, credível e de qualidade", na plataforma.
A gestão desta quantidade de conteúdo sublinha a importância que tecnológicas como o YouTube têm na prevenção da disseminação de informações falsas online. Note que, na Rússia, o site conta com 90 milhões de utilizadores, o que o torna na maior plataforma de vídeo do país. Uma vez que os canais da emissora Russia Today, bem como os da agência Sputnik foram bloqueados, tornou-se difícil para os órgãos de comunicação afetos ao Kremlin disseminarem a sua narrativa por esta via.
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