Aí, tem de criar as condições para “eliminar as barreiras invisíveis” que impedem a região de tirar melhor partido dos atributos que já tem e que passam pelos recursos humanos qualificados ou pela forte tradição industrial.

Para alcançar este objetivo, o comissário, que esteve esta tarde no Congresso das Comunicações, detalhou as suas três prioridades de ação, onde se destaca a criação de um espaço europeu de investigação com regras comuns ao nível das patentes e do acesso, coordenando de forma mais eficaz as 28 políticas de inovação existentes na Europa.

Carlos Moedas admitiu que hoje na Europa continuam a existir “demasiadas barreiras e demasiadas áreas onde trabalhamos de forma descoordenada”, no que se refere à ciência e investigação e acrescentou que cabe ao poder político e aos Estados criarem as condições para promover o seu desenvolvimento e suprir falhas de mercado. Também sublinhou que há limites a esse papel dos Estados, defendendo que os “empreendedores são os verdadeiros actores” desta mudança.

Nas três prioridades de ação do comissário português está também a operacionalização do próximo programa-quadro de apoio à investigação e desenvolvimento, o Horizonte 2020; e a defesa da investigação fundamental e de fronteira, que deve manter um espaço importante nas prioridades da Europa, alinhou Carlos Moedas, considerando que a região não pode tratar a ciência apenas com “visões de curto prazo”.

O comissário europeu, que inicia hoje a primeira visita a Portugal nas novas funções, defendeu ainda que a investigação e a ciência são fundamentais para promover a competitividade da Europa e criar condições para a manutenção do Estado social, continuando a criar emprego e condições para fazer crescer a economia.


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