O futuro das Tecnologias da Informação em Portugal passa pela aposta na formação adequada de quadros profissionais, mas também, pela melhoria da imagem dos produtos nacionais no exterior, defendeu Mira Amaral, conhecida figura da área da economia, durante o debate organizado ontem pela Anetie - Associação Nacional de Empresas de Tecnologia da Informação e Electrónica, sob o tema "Dinamização das TIs Nacionais: Desafios e Oportunidades".



Para Mira Amaral o problema não se coloca ao nível da tecnologia, mas no âmbito da gestão da imagem do país. "Já temos 'massa cinzenta', temos bons produtos, mas que podem falhar comercialmente se não melhorarmos a nossa imagem nos mercados externos, principalmente no norte-americano", considerado o derradeiro ponto de partida.



A conhecida figura do sector económico lembrou ainda que o nível de competitividade do país em TI se vê pelo número de PCs e pelo volume de ligações à Internet. O facto de ocuparmos os lugares cimeiros em número de telemóveis não é significativo para a Sociedade de Informação a que aspiramos, defende Mira Amaral. "Para vencermos o desafio da Sociedade de Informação importa contar computadores, nas escolas, nos lares, nas empresas, mas mais importante, importa contabilizar a sua utilização efectiva e o volume de ligações à Internet".



A necessária aposta na formação será outro aspecto dinamizador do sector das TI em Portugal, facto também salientado por José Tribolet, fundador e actual presidente do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores (INESC), durante a sua intervenção no debate promovido pela Anetie.



O mesmo responsável considera igualmente importante a definição de estratégias visando objectivos finais. "Temos de deixar de analisar o passado e passar a conceber coisas para mercados alvo, aplicar as TIC à restauração, aos transportes, à educação e atingir metas de produtividade que se possam medir", referiu José Tribolet que considera essencial a criação de uma entidade de rating, que "de forma independente e com verdade" avalie a produtividade das empresas nacionais.



Além da organização do debate, a Anetie deu ontem a conhecer os vencedores do Prémio Empresas - Tecnologias da Informação 2002, atribuído por si em três categorias: inovação, eficácia e Internacionalização. A OutSystems saiu vencedora na primeira categoria, enquanto a NewVision ganhou na categoria de eficácia com uma solução de bilhética. O prémio de internacionalização foi atribuído à Siscog. A cada um dos premiados foi entregue um valor pecuniário de 7.500 euros.



O júri da edição 2002 do concurso foi constituído por José Tribolet, na qualidade de presidente, por Maria João Santos da Agência de Inovação, por Ana Cristina Guimarães do Instituto do Comércio Externo Português (ICEP), por Helena Alves do IAPMEI e por Tiago Massa Valente da Anetie.



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