Durante a sua conferência no Mobile World Congress Shangai, o chairman rotativo da Huawei, Ken Hu, revelou que a empresa apresentou um ligeiro crescimento de receitas e respetivo lucro em 2020, avança a Reuters. O executivo da Huawei salientou as extremas dificuldades com que tem lidado com as sanções impostas pelos Estados Unidos, mas que o crescimento está em linha com as expetativas previstas pela empresa chinesa.
Ainda recentemente a Gartner destacou as quebras de vendas de smartphones da fabricante chinesa acima dos 40% no último trimestre de 2020, chegando a perder o segundo lugar para a Apple das empresas que mais venderam smartphones. A Huawei vendeu 182 milhões de smartphones em 2020, registando uma quebra de 24,1%.
“A Huawei foi confrontada com algumas dificuldades extraordinárias no último ano. Ainda assim as operações estiveram relativamente estáveis e em linha com as nossas orientações, registando um pequeno crescimento nas receitas e lucros”, salientou Ken Hu, que mantém a esperança que o novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reverta as proibições feitas às fabricantes tecnológicas americanas de trabalharem e fornecerem componentes à Huawei.
Apesar do cenário negativo, a Huawei tem mantido políticas de resiliência, anunciando novos equipamentos. Ainda esta semana revelou o Mate X2, o seu novo smartphone dobrável que vai chegar ao mercado chinês já amanhã, dia 25 de fevereiro. Será um dos primeiros modelos a usar o sistema operativo da marca, o HarmonyOS.
Ken Hu referiu que os resultados e os números concretos do exercício de 2020 serão partilhados em março.
Ainda durante a sua conferência, Ken Hu fez algumas observações em relação à situação pandémica e como o mundo se está a adaptar a este “novo normal”. Na saúde pública, por exemplo, vê-se cada vez mais monitores inteligentes de temperatura nos espaços públicos. Em apenas um segundo consegue fazer a leitura de 10 pessoas, o que considera ser uma primeira linha de defesa em áreas com maior densidade como aeroportos ou estações de comboios.
Por outro lado, vê mais automatização e operações sem contacto nas empresas, significando mais tecnologias nas suas fábricas. Por fim, destaca que a maioria das coisas se mudou para o espaço online: teletrabalho, conferências e educação foram mantidas ativas através da tecnologia, “algo impensável antes da pandemia”.
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