Se o último trimestre de 2008 foi positivo para a Apple, a Microsoft não pode dizer o mesmo. A recessão fez estragos na empresa, que reportou quebras de 11 por cento nos resultados líquidos obtidos no quarto trimestre do ano passado.

De acordo com as contas da empresa, nos últimos três meses de 2008, a Microsoft registou lucros de 4,170 mil milhões de dólares e receitas na ordem dos 16,63 mil milhões de dólares, mais 70 milhões do que o obtido um ano antes.

Os bons resultados verificaram-se apenas nas divisões de licenças de ferramentas empresariais, que subiram 15 por cento, e na de videojogos, que viram os resultados aumentarem 3 pontos percentuais dada a corrida à Xbox 360.

A incerteza do futuro faz com que a Microsoft comece a pensar numa estratégia eficaz de redução de custos e o corte na equipa de trabalho parece ser o plano mais rápido e eficaz. Como tal, já anunciou 5 mil despedimentos que acontecerão de forma faseada ao longo dos próximos 18 meses, embora mais de um milhar digam adeus às suas funções ainda esta semana. Em Portugal não serão efectuadas dispensas de colaboradores, já anunciou a fabricante.

Esta é a primeira grande onda de despedimentos na Microsoft desde que a fabricante abriu as portas. As divisões de investigação e desenvolvimento, TI, recursos humanos, vendas, financeira, jurídica e marketing serão as mais afectadas neste plano de demissões que visa alcançar poupanças na ordem dos 1,5 mil milhões de dólares.