A Direcção Central de Investigação da Corrupção e da Criminalidade Económica e Financeira, da Polícia Judiciária, comunicou esta tarde ter realizado ontem a detenção de dois presidentes do conselho de administração de duas empresas do sector de informática, suspeitos de crimes de associação criminosa e fraude fiscal. Foram ainda apreendidos dois carros de luxo e obras de arte num valor superior a 500 mil euros.



A detenção seguiu-se a uma "complexa investigação, sob direcção da Direcção Central de Investigação e Acção Penal" que identificou uma fraude fiscal de "dimensões gigantescas" relacionada com "unidades empresariais do sector informático e com o comércio de hardware e de software.



O valor da fraude ainda não é quantificável, mas o comunicado da PJ assegura que "ascende a milhões de euros" de fuga ao IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado. Desta forma configura-se um crime contra o Estado Português, lesado através do Sistema Fiscal.



O crime agora em causa terá ocorrido desde há alguns anos. O modo de funcionamento recorria a um "roullement" de sociedades comerciais, realizando transacções fictícias, o que resultava na chamada "fraude em carrossel".



Sem indicar o nome dos suspeitos, o comunicado da PJ revela que os arguidos são os presidentes do conselho de Administração das respectivas Sociedades envolvidas na fraude e que deveriam ser hoje presentes ao Juiz de Instrução no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa para o interrogatório judicial.



A investigação decorre ainda com o apoio pericial de funcionários da Direcção Geral de Impostos e da Direcção de Serviços de Prevenção e Inspecção Tributária, pretendendo apurar rigorosamente todas as actividades ilícitas desenvolvidas no âmbito nacional e internacional.

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