A Electronic Data Systems revelou recentemente que os seus ganhos por acção durante o terceiro trimestre de 2002 foram de 18 cêntimos de dólar, tendo registado uma receita líquida de 86 milhões de dólares (87,03 milhões de euros), comparando com ganhos por acção de 44 cêntimos e uma receita líquida de 212 milhões de dólares (214, 55 milhões de euros) no mesmo período do ano passado.



Estes resultados superaram as previsões da própria empresa, que tinham sido revistas drasticamente em baixa e que apontavam para ganhos por acção de 12 a 15 cêntimos por acção. Por seu lado, os analistas tinham também diminuído as suas expectativas para 12 cêntimos.



A gigante de serviços informáticos também referiu que os lucros relativos ao terceiro trimestre do ano desceram 59 por cento. As receitas desceram de 5,56 para 5,41 milhões de dólares (de 5,62 para 5,47milmilhões de dólar), tendo em conta o ano de 2001, representando uma descida de três por cento. As receitas totais numa base orgânica, que remove o impacto das flutuações do câmbio do dólar, de aquisições e vendas de participações noutras companhias, diminuiram seis por cento.



As perspectivas em relação a futuras receitas foram prejudicadas pela informação de que as assinaturas de contratos durante este período desceram exponencialmente de 6,8 para 3 mil milhões de dólares (de 6,88 para 3,03 mil milhões de euros), uma consequência directa do actual estado negativo do mercado de venda de serviços tecnológicos a empresas.



Richard Brown, presidente do conselho de administração e director executivo da companhia, afirmou que as empresas irão permanecer cautelosas em relação às despesas em suporte tecnológico até pelo menos a segunda metade do próximo ano.
Durante este ano, as acções da EDS já desceram 80 por cento, tendo o declínio mais grave ocorrido nas últimas seis semanas.



Há duas semanas atrás, Brown avisou os empregados que a companhia iria cortar um número não revelado de postos de trabalho de forma a aguentar a recessão económica. Na semana passada, a EDS afirmou que os cortes iriam corresponder a três ou quatro por cento da força do trabalho e que seriam efectuados ao longo dos próximos trimestres, começando por 800 ou mil postos no final do ano.



A gigante de serviços possui 138 mil funcionários, de acordo com um porta-voz, sendo que o despedimento de quatro por cento do total equivaleria a 5.520 empregos perdidos. A EDS afirmou ainda que iria transferir 1.500 postos de trabalho para a Indía, Brasil, Irlanda e República Checa de forma a poupar mais custos.



Os objectivos da empresa passam também por cortar as despesas gerais em 75 milhões de dólares (75,90 milhões de euros) no próximo ano e por despojar-se de vários negócios secundários para poupar outros 500 milhões de dólares (506,02 milhões de euros). Contudo, não identificou as unidades que pretende vender. Para além da pressão dos accionistas, a EDS está também a ser investigada pela Securities and Exchange Commission, em relação aos eventos que conduziram às projecções de lucros anunciadas pela empresa no mês passado, assim como a uma série de transacções bolsistas em que a companhia pagou 225 milhões de dólares (227,70 milhões de euros).


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