Um novo relatório da Adecco, que apresenta uma análise das tendências salariais para as várias funções dentro do setor das Tecnologias de Informação (TI), revela que a procura por talentos especializados se mantém sólida, o que se reflete em salários competitivos para atrair e manter os melhores profissionais.
As funções com salários mais altos, para profissionais com um nível de experiência entre 2 a 5 anos, incluem Cloud Architect Engineer (45.000 e 60.000 euros), seguido por System Engineer (36.000 e 46.000 euros), Pentester (35.000 e 50.000 euros), Cybersecurity Engineer (35.000 aos 50.000 euros), e Software Engineer (28.000 e os 44.000 euros).
Por outro lado, as posições menos remuneradas para profissionais com um nível de experiência semelhante incluem Computer Scientist (17.000 aos 27.000 euros), Técnico de Suporte de Redes (18.000 e 24.000 euros), Software Analyst (21.000 aos 31.000 euros), ERP/SCM/CRM Consultant (26.000 e 40.000 euros), e Database Administrator (28.000 e os 40.000 euros).
De acordo com a informação partilhada pela Adecco, cidades como Lisboa, Porto, Braga e Coimbra continuam a ser os principais polos de contratação na área de TI em Portugal.
Bernardo Samuel, Recruitment Director na Adecco citado em comunicado, afirma que “apesar de uma desaceleração nas contratações de perfis tecnológicos ao longo de 2023, o setor mantém-se extremamente competitivo na captação dos melhores talentos, evidenciando uma tendência contínua de crescimento dos salários médios”.
Para 2024 prevê-se que “a progressão salarial continue a sua trajetória ascendente, com incrementos médios potencialmente superiores a 10%”, indica o responsável.
As discrepâncias salariais verificadas entre as diferentes posições “refletem não apenas a variação de responsabilidade e complexidade associadas a cada função, mas também a procura do mercado e a escassez de talentos em áreas específicas, como cibersegurança e cloud computing”, refere Bernardo Samuel.
Segundo a Adecco, o mercado de trabalho em TI está cada vez mais a valorizar profissionais que sejam capazes de dominar os aspectos técnicos das suas funções e que se alinhem com a missão e valores das empresas.
Além das capacidades mais técnicas, as competências mais valorizadas pelas empresas no sector de TI incluem autonomia, espírito de equipa, liderança, capacidade de comunicação e identificação com o projeto em causa.
As organizações valorizam ainda profissionais que se envolvam com as equipas, que saibam lidar com clientes e sejam capazes de gerir projetos e apresentar soluções inovadoras.
As condições salariais assumem um papel preponderante no que toca à compensação de perfis de TI, mas o relatório nota uma tendência crescente na valorização de outros benefícios que contribuem para a satisfação e bem-estar dos colaboradores e que são vistos como determinantes para a atração de talentos.
Entre eles contam-se a possibilidade de ter um plano e oportunidades de desenvolvimento de carreira oferecidos pela empresa. A identificação com a missão e os valores da empresa também se destaca, assim como a flexibilidade de horários e o modelo de trabalho remoto.
Benefícios adicionais como seguros de saúde para o colaborador e para a sua família, políticas de bem-estar e compensação variável baseada em resultados alcançados são também valorizados.
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