
A Meta (ex-Facebook) tem um novo problema para resolver, relacionado com as práticas que utiliza para atrair e reter a atenção dos mais jovens nas suas redes sociais. Desta vez estão em causa as técnicas usadas pelo Instagram para atrair e reter a atenção dos utilizadores mais jovens.
Um grupo de procuradores de vários Estados norte-americanos anunciou que está a investigar o caso, e os indícios de práticas pouco legítimas. Em causa está um estudo interno da empresa, publicado pelo The Wall Street Journal, que também faz parte dos documentos já apresentados ao Senado no âmbito das denúncias apresentadas por Frances Haugen. O estudo e outros documentos internos da empresa apuram conclusões que apontam para o facto do Instagram ser tóxico para as adolescentes, concluía o WSJ quando publicou a informação.
Os procuradores querem agora perceber se as práticas da empresa violam a legislação de proteção dos direitos dos consumidores, explicando que vão analisar “as técnicas utilizadas pela Meta para aumentar a frequência e duração do engagement” de crianças e jovens no Instagram e os efeitos negativos que daí podem advir. Do grupo fazem parte os procuradores-gerais da Califórnia, da Flórida, Kentucky, Massachusetts, Nebraska, Nova Jérsia, Nova Iorque e Vermont.
A empresa já tinha dito que a pesquisa está a ser "descaracterizada", sublinhando que o estudo também mostrou que a exposição da imagem na rede social, em alguns casos, teve impactos positivos nos adolescentes.
Para já a explicação não convence. Em comunicado, os procuradores afirmam que a Meta “falhou na proteção dos mais jovens nas suas plataformas e em vez disso preferiu ignorar ou, em alguns casos, reforçar ainda mais manipulações que representam um risco real para a saúde física e mental - explorando crianças em favor do lucro”, detalha uma declaração assinada pela procuradora-geral do Massachusetts, Maura Healey.
No Estado do Ohio a Meta está também a enfrentar um processo idêntico. Aqui o procurador-geral do Estado processa a companhia alegando que não cumpriu os seus deveres de informar o público sobre os efeitos dos seus produtos nas crianças. A Meta já reagiu e assegura que a acusação não tem mérito.
Recorde-se que este ano o Instagram já fez alterações para melhorar a proteção dos mais novos na rede social. Há alguns meses a rede social também anunciou planos para criar um Instagram para crianças, uma ideia que teve vários opositores e parece que caiu por terra. Na altura, os procuradores de vários Estados juntaram-se para tentar impedir a empresa de avançar com a ideia. A maioria está neste novo grupo.
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