A Comissão Europeia lançou uma consulta pública na qual pretende receber opiniões e ideias que ajudem a definir uma estratégia de futuro para o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (IET), uma iniciativa que se enquadra num debate mais amplo sobre o futuro do financiamento da investigação e inovação na UE.


Os resultados da consulta - que arranca hoje e se prolonga até 14 de Abril - irão ajudar a definir um programa de prioridades até 2020. Com apresentação prevista para o final do ano, o programa vai balizar-se por uma missão e objectivos, que também deverão ser clarificados no processo de consulta pública, a par com orientações relativas ao financiamento e às futuras áreas de intervenção do instituto.


Sediado em Budapeste, o Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia, funciona a partir da coordenação de 16 centros espalhados pela Europa, focados em áreas de excelência como o ensino superior, investigação ou empresas.



Esta estrutura europeia, autónoma da UE, foi desenhada para funcionar também em estreita colaboração com entidades privadas, formando comunidades de conhecimento e inovação.



"Através do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia foi possível lançar uma nova cooperação entre o ensino superior, a investigação e o sector empresarial. A Comissão está empenhada em ouvir a opinião dos seus parceiros antes de finalizar a proposta sobre a futura estratégia", explica a comissária Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude Androulla Vassiliou, citada em comunicado.



Actualmente já estão a funcionar três comunidades, dedicadas aos domínios da energia sustentável, alterações climáticas e questões relativas à sociedade da informação e comunicação. Estas comunidades podem lançar programas de mestrado e doutoramento reconhecidos pelo instituto, desenvolver projectos de investigação e ajudar a criar empresas.



Só o centro dedicado à energia sustentável pretende formar 2 mil estudantes e profissionais e lançar 20 empresas nos próximos três anos.
O Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (IET) assegurou para o período entre 2007 e 2013 um investimento de 309 milhões de euros, por via do orçamento europeu.