Recentemente a Microsoft anunciou os planos de alteração dos preços de acesso ao Xbox Game Pass, aumentando todos os planos de subscrição. O aumento terá efeito a partir do dia 12 de setembro e a acompanhar essa alteração, foi criada uma nova subscrição standard, que dá acesso a todo o catálogo do serviço, exceto os títulos de lançamento, criados pelos estúdios da Xbox.
A Federal Trade Commission (FTC), regulador dos Estados Estados para a concorrência e defesa dos consumidores, já se pronunciou sobre a mudança de preços e ofertas do serviço de subscrição, considerando-o um “produto degradado”. O regulador deu entrada a uma ação no tribunal Court of Appeals for the Ninth Circuit na última quinta-feira, por ter encontrado irregularidades relevantes na sua análise às alterações.
Começa por apontar a subida de preço do Game Pass Ultimate de 16,99 dólares para 19,99 dólares por mês, um aumento de 17% ao ano. Por outro lado, a Microsoft descontinuou o plano Console Game Pass que custava 10,99 dólares, que a FTC diz obrigar os consumidores a terem de pagar mais 81%para mudar para o Game Pass Ultimate. Mas para os consumidores que não tenham capacidade de pagar esse aumento, a “Microsoft está a introduzir um produto degradado”, Game Pass Standard a 14,99 dólares por mês.
O regulador diz que este novo plano custa mais 36% que o descontinuado Console Game Pass e bloqueia o acesso às novidades, ou seja, os jogos de lançamento. A FTC olha para esta mudança como uma degradação do produto, ao remover os jogos mais valiosos do novo plano do serviço, combinado com o aumento dos preços para os utilizadores, prejudicando os consumidores.
No documento, a FTC continua a apontar o dedo às práticas da Microsoft, juntando o aumento do preço, degradação do produto, combinado com a redução de investimentos na qualidade dos produtos ao despedir trabalhadores (em janeiro foram dispensados 1.900 profissionais dos seus estúdios) e em maio encerrou quatro estúdios.
A FTC acusa ainda a Microsoft de aumentar os preços em coincidência à adição do novo Call of Duty ao plano mais caro do serviço Game Pass e descontinuando o mais baixo. Na análise do regulador, essa mudança choca com a promessa da gigante tecnológica durante a aquisição da Activision Blizzard. Na altura, a Microsoft afirmava que o negócio iria beneficiar os consumidores, pois iria lançar o popular jogo no dia em que fosse lançado nas consolas, sem custos adicionais ao serviço, assim como honrar os compromissos com terceiros.
A FTC aponta assim as ações pós-aquisição que levam ao ceticismo das promessas feitas durante os planos de aquisição de outras empresas. O regulador foi, desde o início, uma das principais barreiras à concretização da compra da Activision Blizzard pela Microsoft.
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