Zeinal Bava, CEO da Oi e CEO da empresa que resultará da fusão, explicou hoje em conferência de imprensa o negócio que junta as duas operadoras telecomunicações.



Com mais de 100 milhões de clientes atuais e um potencial de 260 milhões de utilizadores nos mercados aos quais se dirige, a PT e a Oi apresentaram hoje a proposta de fusão das duas operações como um passo na criação de um "grande operador de língua portuguesa".



No evento, Zeinal Bava adiantou que a posição que o grupo passa a garantir - transformando-se num dos maiores 20 operadores de nível mundial - permite ambicionar a expansão do negócio para outros mercados de língua portuguesa, mas também cria a oportunidade de ir além disso. "Não vamos ficar reféns da língua portuguesa", defendeu.



Os mercados da língua portuguesa serão a prioridade do grupo durante o período de reorganização, em que a prioridade será explorar as oportunidades de crescimento no mercado fixo, e sobretudo móvel, nos países de referência. A prazo, o objetivo estende-se a explorar oportunidades noutros mercados.



Zeinal Bava também garantiu que a fusão não é um sinónimo de desinvestimento no mercado português. O gestor explicou que o processo de transformação da Portugal Telecom - numa empresa de Tecnologias de Informação - está finalizado e por isso o investimento local anual tende a diminuir. A fusão não tem um impacto direto nessa diminuição.



Ao longo dos últimos cinco anos a PT investiu, em média, 25% da receita gerada neste processo de transformação, que teve como ponto central a criação do data center da Covilhã, uma estrutura que também suporta a nova oferta cloud da Oi.



A fusão, garantiram ainda os gestores (José Mauro Cunha, chairman da Oi e Henrique Granadeiro, CEO e Chairman da Portugal Telecom também estavam na conference call transmitida a partir de Londres), não deverá representar despedimentos na Portugal Telecom, para além das rescisões já previstas pela empresa antes do anúncio do negócio.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico