Em declarações à imprensa brasileira Luciano Coutinho admitiu que os termos do acordo podem vir a ser alterados e daí resultar uma participação efetiva dos acionistas da PT na Oi menor que o previsto no memorando de entendimento.
A alteração que tem sido referida pelos jornais brasileiros e que o Negócios hoje cita reduziria de 38% para 20% da Oi, uma alteração que poderia conduzir ao fim da fusão, já que o intervalo mínimo previsto no memorando garante aos acionistas da PT uma participação de 36,6%.
Um cenário deste tipo teria de passar pelos tribunais, uma vez que está já consumado o aumento de capital da Oi possibilitado pela integração de ativos da PT e só a justiça poderia definir a anulação desta integração.
Mas o responsável brasileiro que avançou a possibilidade de virem a ser revistos os termos da fusão também não acredita que o negócio não se concretize. Em declarações à imprensa local Luciano Coutinho considerou que os investimentos da PT em empresas ligadas ao BES, como a aplicação de 900 milhões de euros na Rioforte, não põem em risco a fusão.
No entanto o prazo previsto no memorando de entendimento assinado há um ano está a expirar e termina a 1 de outubro. Até lá estas questões terão de ser resolvidas, ou o acordo terá de ser prolongado. O Negócios aponta esta possibilidade e garante que a possibilidade de a fusão deslizar para 2015 já começa a ser avançada. As previsões iniciais apontavam que a fusão estivesse concluida até outubro.
O forte investimento da PT na Rioforte, uma das holding de topo do grupo Espírito Santo, provocou uma descida vertiginosa no preço das ações da PT em bolsa, mais de 36% nas duas últimas semanas.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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