Mais de 300 condutores foram detectados a utilizar o telemóvel durante a condução, no âmbito da operação de fiscalização “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, entre quinta-feira e segunda-feira, segundo um balanço divulgado pela GNR. As multas para a utilização de telemóvel ao volante subiram com a alteração do código da Estrada, duplicando de valor para os 250 euros.
Em comunicado, aquela força policial adianta que durante as operações em várias zonas do país foram fiscalizados 25.404 veículos, tendo sido registadas 5371 infracções, 341 das quais relativas ao uso do telemóvel durante a condução.
No período da campanha, registou-se, ainda segundo a GNR, um total de 1469 acidentes, de que resultaram três vítimas mortais, 18 feridos graves e 406 feridos ligeiros.
A Campanha de Segurança Rodoviária “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, da responsabilidade da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP), decorreu nos dias 10 a 14 de Dezembro e teve como objetivo “alertar os condutores para as consequências negativas e mesmo fatais do manuseamento do telemóvel durante a condução”.
Durante a campanha, foram realizadas ações de sensibilização da ANSR e operações de fiscalização pela GNR e PSP, com especial incidência em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário.
“Embora estivessem previstas seis ações, em Lisboa, Faro, Loulé, Beja, Évora e Setúbal, devido às condições climatéricas adversas que se fizeram sentir durante o período da campanha, apenas foi possível efetuar as ações em Faro e Loulé, onde foram abordados 88 condutores”, é referido na nota.
Durante a campanha, as autoridades de segurança transmitiram aos condutores que a utilização do telemóvel durante a condução aumenta quatro vezes o risco de ocorrência de acidente de viação.
As autoridades destacaram também que a distração ocorre quando duas tarefas mentais, como conduzir e utilizar o telemóvel, são executadas ao mesmo tempo, levando a lapsos de atenção e erros de avaliação.
Alertaram também para o facto de o uso de aparelhos eletrónicos durante a condução causar dificuldade na interpretação da sinalização e desrespeito das regras de cedência de passagem, designadamente em relação aos peões.
Esta campanha está inserida no Plano Nacional de Fiscalização, enquadrado no Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária - PENSE 2020, que tem como desígnio “Tornar a Segurança Rodoviária uma prioridade para todos os Portugueses”.
O PENSE prevê a realização de campanhas de sensibilização em simultâneo com operações de fiscalização, em locais onde ocorrem regularmente infrações que representam um risco acrescido para a ocorrência de acidentes.
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