Tudo indicava que a Microsoft tinha uma “batalha” complicada para convencer os reguladores europeus de que a compra da Activision Blizzard não colocava em risco as questões de antitrust. Bruxelas tem até ao dia 25 de abril para se pronunciar da decisão do negócio, mas segundo avança a Reuters, o parecer poderá ser favorável à compra da dona de Call of Duty por 69 mil milhões de dólares.

O escrutínio dos reguladores, tanto na Europa, Estados Unidos e de outras regiões do mundo, tem obrigado a Microsoft a ajustar a sua estratégia, nomeadamente não bloquear o acesso dos seus jogos às plataformas concorrentes. E recentemente fechou o acordo com a Nintendo para levar Call of Duty para as suas futuras consolas nos próximos 10 anos, o mesmo acordo para a disponibilidade no cloud do serviço GeForce Now da NVidia.

A Reuters refere que o licenciamento dos produtos aos seus concorrentes está a favorecer as decisões do regulado europeu, segundo três testemunhas ligadas ao assunto. A decisão de Bruxelas poderá dessa forma ser favorável, sem exigir à Microsoft que venda os seus "assets". No entanto, terá de aprofundar as negociações com a Sony sobre o futuro da fusão entre as empresas.

No mês passado, Brad Smith disse em declarações a Bruxelas, que não era realístico ter um jogo ou uma parte da Activision cortada e separada do resto para concluir o negócio. Mas a gigante tecnológica continua empenhada para que se encontrem as melhores soluções para todos. E isso inclui manter Call of Duty em todas as plataformas rivais, incluindo o Steam e a PlayStation.

Neste momento, as exigências colocadas pela autoridade britânica podem obrigar a Activision a vender partes do seu negócio, a norte-americana ameaça mesmo bloquear o acordo.

A Microsoft remata dizendo que a parceria aumenta a escolha dos jogadores e resolve as preocupações como as da NVidia sobre a sua aquisição da Activision Blizzard. A Microsoft “comprou” o voto da NVidia para a conclusão da parceria. Mas não será necessário esperar para o desfecho da “telenovela tecnológica” para que as empresas comecem já a trabalhar para integrar os jogos Xbox PC no GeForce Now. Na prática, qualquer jogo comprado na Windows Store, incluindo jogos de outras editoras dos quais a NVidia tenha garantido os direitos para serem utilizados no serviço.