As vendas de headsets de realidade aumentada e de realidade virtual cresceram no primeiro trimestre do ano, face a 2016. De acordo com a IDC, só entre janeiro, fevereiro e março, foram vendidas 2,3 milhões de unidades de equipamentos.

No relatório publicado esta quinta-feira, pode ver-se, no entanto, que o segmento da realidade virtual constituiu 98% das vendas registadas neste sector.

Os aparelhos sem ecrã nativo, como o Gear VR, da Samsung, ou o Daydream, da Google, foram os que tiveram mais saída. Ao todo, esta gama foi responsável por dois terços do total do mercado, com os restantes (HTC Vive, Oculus Rift, Sony PSVR...) a conquistar apenas 33%.

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"O mercado da realidade virtual ainda é muito jovem e os consumidores parecem estar a abordá-lo com cuidado", disse Jitesh Ubrani, analista sénior da IDC. "Com tantas opções no mercado e com muitas mais por chegar, o hardware não é o problema. O maior desafio é o crescimento lento dos conteúdos que têm capacidade para apelar às massas, combinado com a confusão associada à falta de suporte entre plataformas".

Embora represente uma fração mínima das vendas registadas no mercado das realidades alternativas, a realidade aumentada assinalou um crescimento face ao período homólogo de 77,4%. A atual fase da tecnologia, no entanto, não deverá sustentar subidas muito substanciais, uma vez que a maioria dos equipamentos está a chegar às mãos de programadores e não dos consumidores finais. Neste caso, como explica Tom Mainelli, da IDC, "a maioria dos consumidores deverá ter a sua primeira experiência com a realidade aumentada através das câmaras e dos ecrãs dos seus smartphones e tablets".

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No que às empresas diz respeito, a Samsung (Gear VR) continua a liderar o topo das vendas com uma quota de mercado que chega aos 21,5%. A Sony (PlayStation VR) e a HTC (Vive) seguem logo atrás, por esta ordem, com 18,8% e 8,4%, respetivamente. O Facebook (Oculus Rift) e a TCL (Alcatel VR) completam a lista.