A Meta, dona do Facebook, terminou o segundo trimestre do ano com lucros de 7,8 mil milhões de dólares, mais 16% que em igual período do ano passado, enquanto as receitas se fixaram nos 31,9 mil milhões de dólares. Este volume de negócios traduz um crescimento de 11%, face a junho de 2022, que superou as previsões dos analistas.

No dia em que divulgou as contas do trimestre, a Meta revelou também que em junho o Facebook tinha 2 mil milhões de utilizadores ativos diários, mais 5% que em junho de 2022.  Por mês o número sobe para 3 mil milhões.

Já a totalidade das redes sociais do grupo, que também inclui o Instagram e o Whatsapp, somavam no mesmo período 3 mil milhões de utilizadores ativos diariamente, mais 7% que no período homólogo. Na análise à média mensal de utilizadores ativos, o número apurado foi de 3,88 mil milhões, mais 6%.

Na conferência de apresentação de resultados, Mark Zuckerberg terá dito que este foi “um bom trimestre". O CEO da Meta congratulou-se por continuar a “ver um forte interesse nas nossas aplicações e temos o roadmap mais empolgante que já vi em muito tempo com o Llama 2, Threads, Reels, novos produtos de IA em preparação e o lançamento do Quest 3 neste outono", cita o The Guardian.

Na nota de divulgação dos resultados, a Meta explica que os despedimentos previstos e já anunciados - que visaram mais de 20 mil colaboradores - estão consumados, mas adianta que a reestruturação da companhia vai continuar. “A 30 de junho de 2023, temos concluídos a maior parte dos despedimentos planeados, mas continuamos a avaliar oportunidades de consolidação das instalações e iniciativas de reestruturação do centro de dados”.

Neste trimestre, os custos de reestruturação e outros cresceram 10%, passando a representar 22,6 mil milhões de dólares nas contas do grupo. Para o total do ano, a Meta estima custos entre os 88 e os 91 mil milhões de dólares.

A Meta não faz previsões para 2024 ainda, mas adianta já que no próximo ano as despesas da companhia vão continuar a crescer, porque o grupo quer continuar a explorar “oportunidades mais atraentes” de crescimento, que passam por áreas como a inteligência artificial e o metaverso.

Assim, antecipa uma subida dos custos relacionados com infraestruturas em 2024. A empresa espera também um aumento dos custos com salários “à medida que evoluímos a nossa força de trabalho para funções técnicas de custo mais elevado”.

Avisa também o mercado que as perdas com a Reality Labs vão continuar a aumentar nos próximos anos, “devido aos nossos esforços contínuos de desenvolvimento de produtos em realidade aumentada/realidade virtual e aos investimentos para dimensionar ainda mais nosso ecossistema”.

Numa análise semestral, as receitas da Meta totalizaram os 60,6 mil milhões de dólares entre janeiro e junho deste ano. Já os lucros fixaram-se nos 13,5 mil milhões de dólares, numa queda de 4,6% face ao período homólogo. Para o trimestre que já está em curso a empresa prevê receitas entre os 32 e os 34,5 mil milhões de dólares.