Depois de multar a Meta, conhecida anteriormente por Facebook, em mais de 50 milhões de libras por quebrar regras na compra da Giphy, a autoridade britânica da concorrência (CMA na sigla em inglês) exige à empresa liderada por Mark Zuckerberg que venda a plataforma que adquiriu em maio de 2020 por 400 milhões de dólares.
A possibilidade já estava sobre a mesa, uma vez que, em agosto, os resultados preliminares da investigação levada a cabo pela autoridade tinham revelado que a aquisição poderia ter um impacto negativo na concorrência entre redes sociais.
Em comunicado, a CMA reitera as consequências negativas para outras plataformas, afirmando que os impactos prejudiciais só poderão sere resolvidos com a venda da Giphy a um comprador aprovado pela autoridade.
Segundo o regulador, a compra poderia ser usada para impedir que outras plataformas tivessem acesso aos GIFs da Giphy, fazendo aumentar o tráfego de utilizadores para as plataformas da Meta, incluindo o Facebook, o WhatsApp e o Instagram.
A CMA indica que, como resultado da aquisição, havia a possibilidade de serem requeridos mais dados a outras plataformas de modo a poderem aceder aos GIFs. Além disso, os serviços de apresentação de publicidade da própria Giphy viram-se afetados pela compra, não tendo espaço para crescerem e competirem com outras empresas, incluindo com a Meta.
Tal como afirma Stuart McIntosh, responsável pela investigação, se não forem tomadas medidas, a aquisição daria à Meta ainda mais poder no mercado das redes sociais, passando a controlar o acesso por parte de empresas concorrentes à plataforma de GIFs.
“Ao exigirmos ao Facebook que venda a Giphy estamos a proteger milhões de utilizadores de redes sociais e a promover a competição, assim como a inovação, na publicidade digital”, enfatiza o responsável.
Em resposta, Meta indica em declarações à imprensa internacional que não concorda com a CMA. Um porta-voz da gigante tecnológica explica que a empresa está neste momento a rever a posição da autoridade britânica e a “considerar todas as opções”, incluindo recorrer da decisão. A empresa defende que tanto os consumidores como a Giphy seriam beneficiados com o apoio da sua estrutura e recursos.
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