A Microsoft está mais perto que nunca de desbloquear a aprovação do negócio com a Activision Blizzard no Reino Unido e consequentemente de forma global. A Autoridade da Concorrência local anunciou esta manhã que as empresas forneceram garantias que “respondem de forma substancial” às preocupações daquela entidade com o impacto negativo da operação para concorrência.

O negócio de compra da Activision Blizzard foi anunciado em janeiro do ano passado, e desde então tem estado sob o escrutínio das autoridades da concorrência em vários países. Na Europa já passou o crivo dos reguladores. Nos Estados Unidos, a Microsoft conseguiu deitar por terra a intenção do regulador de bloquear o negócio em julho e no Reino Unido já esteve praticamente chumbado.

Agora parece faltar pouco para que o caminho fique livre e a compra se formalize, trazendo a dona da série mais rentável do mercado de videojogos, o Call of Dutty, e de vários outros títulos populares, para o controlo da dona da Xbox.

O regulador da concorrência britânico em abril proferiu a sua decisão, chumbando a compra de 69 mil milhões de dólares. Depois da decisão conhecida, a Microsoft jogou mais uma carta e apresentou uma nova proposta. No final de agosto anunciou um acordo com a Ubisoft, para quem a Activision vai transferir os direitos de streaming para cloud gaming de todos os jogos atuais e futuros, nos próximos 15 anos.

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O poder que a Microsoft poderia conquistar no cloud gaming, se tivesse o controlo do canal de distribuição de jogos da Activision em streaming, era a maior preocupação da CMA e o principal motivo para o chumbo do negócio. O regulador acreditava que os receios da Microsoft vir a disponibilizar os jogos da AB nestas plataformas, só para a Xbox, eram reais e os resultados dessa possível decisão desastrosos para a concorrência.

“Embora a CMA tenha identificado preocupações residuais limitadas relativamente ao novo acordo, a Microsoft apresentou medidas de correção que devem resolvê-las”, diz o comunicado da CMA, onde também se explica que esta ainda é uma posição provisória.
“A CMA está agora a proceder a consultas sobre as medidas corretivas antes de tomar uma decisão final”, acrescenta-se.