O processo judicial contra o serviço de troca de música na Internet Napster, instaurado pela indústria discográfica com base na violação de direitos de autor, vai estar pendente até ao dia 17 de Fevereiro enquanto as partes envolvidas tentam chegar a um acordo. Apenas a Capitol Records e Virgin Records America não aderiram ao pedido de suspensão temporário apresentado à juíza norte americana Marilyn Hall Patel, responsável pelo caso.




Em declarações à agência de notícias Associated Press o director executivo do Napster afirmou que esta é uma é uma boa oportunidade para chegar a um acordo com as editoras.



Na opinião de Phil Leigh, analista na empresa Raymond James & Associates, a melhor solução será o entendimento entre as partes agora que as editoras consideram que já "reabilitaram" o Napster. Desta reabilitação faz parte a decisão do serviço – agora financiado pela empresa mãe da BMG – passar a ser por subscrição e com músicas licenciadas. Segundo a presidente da Recording Industry Association of America, Hilary Rosen, agora que o Napster modificou a sua conduta será mais fácil chegar a um acordo.



Com a suspensão do serviço de partilha de ficheiros mais conhecido em todo o mundo muitos cibernautas procuraram outros sites gratuitos como o Morpheus, Gnutella – uma rede de utilizadores da Net sem computador central ou empresa e por isso muito difícil de processar – ou o site holandês KaZaA, que enfrenta actualmente um processo por violação dos direitos de autor, mesmo depois de ter vendido o seu site e software à australiana Sharman Networks Limited.



Relembramos apenas que em Fevereiro do ano passado o Napster tentou resolver a contenda através da apresentação de uma proposta no valor de mil milhões de dólares (cerca de 1,1 mil milhões de euros ou 219 milhões de contos) às editoras discográficas para estas abandonarem o processo legal. No entanto o serviço viria a ser suspenso em Julho de 2001.



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