A empresa de estudos de mercado Netsonda acaba de divulgar os resultados da análise que realizou sobre o recurso aos serviços da banca online. O objectivo era observar quais as razões que levam um utilizador da Internet a usufruir das soluções online das instituíções bancárias, e quais os benefícios, ou prejuízos, que daí obtiveram.
O inquérito foi efectuado online entre os dias 15 e 18 de Outubro deste ano, a uma amostra de 620 utilizadores da Internet em suas casas, registados na Netsonda, que lhes paga por cada vez que estes colaboram na elaboração de um estudo.
Os participantes, com idades superiores a 18 anos, tinham como condição o interesse em finanças e banca, e negócios e investimento, para além da obrigatoriedade de já terem feito, pelo menos, uma compra online.
Deste modo, a Netsonda concluiu que 57,1 por cento dos participantes já tinham assinado algum produto financeiro através da Internet, sendo que, os sites mais visitados neste caso são a Cidade BCP com 26,8 por cento, a Caixa Geral de Depósitos que alcança os 26 por cento, e o Banco Espirito Santo com a percentagem de 24 por cento. Os bancos online mais recentes, como o Activo Bank 7 e o Banco Best, atingem os 4,2 por cento e 2,8 por cento, respectivamente.
A rapidez e a comodidade estão no topo da lista das razões apresentadas para utilizar a banca online com uma percentagem de 83,6 por cento, mas 86,7 por cento refere a possibilidade de poder aceder ao serviço a qualquer hora como principal razão.
Em relação aos motivos pelos quais os utilizadores estão mais renitentes surge em primeiro lugar a segurança com 51,1 por cento, a velocidade de acesso à Internet com a 49,8 por cento, e 30,3 referem ainda as falhas no hardware. Apenas 11,5 afirmam não haver qualquer impedimento.
E entre os serviços mais procurados estão a consulta de saldos e movimentos da conta à ordem (93,8 por cento), aplicações a prazo, transferências e pagamento de serviços (62,7 por cento), e a consulta de saldo e movimentos dos cartões de crédito (52,3). Mas, para além destas operações, existe uma percentagem de 37,6 por cento de utilizadores que realiza ordens de bolsa, e 12,7 que faz operações sobre produtos financeiros.
A esmagadora maioria dos inquiridos (85 por cento) considera a utilização do netbanking fácil, ou muito fácil, sendo que apenas 4 por cento a acha difícil, ou muito difícil. Isto apesar de 66,4 por cento já ter tido que interromper uma operação, sendo que 63 por cento fê-lo devido ao excesso de tempo de donwload. De qualquer modo, para 63 por cento isto não é razão para deixar de utilizar os serviços online.
Por outro lado, a crescente adesão a este tipo de banca fez com que 86,8 por cento dos inquiridos fosse menos vezes à caixa multibanco ou à agência fisica.
Outras das conclusões apresentadas referem-se ao facto do recurso ao netbanking ser mais activo nos utilizadores bastante frequentes da Web, ou seja, 63 por cento entre aqueles que passam mais de 16 horas na Internet por semana, 50,9 por cento para os que navegam entre 8 a 16 horas, e 50,5 por cento entre os internautas com menos de 8 horas de navegação.
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