O caminho para Portugal ser o Silicon Valley da Europa está a ser feito. “Portugal é um país atrativo, quer pela cultura, localização ou custo de vida, sem esquecer as infraestruturas de elevada qualidade”, começou por apontar Rodrigo Cordeiro no segundo dia do 33º Congresso da APDC. “Em talento consegue captar seis vezes mais investimento, tem 13% mais startups per capita do que a média europeia e já criou sete unicórnios, até 2023”.

À partida estarão reunidos todos os ingredientes, mas há pontos menos positivos e um deles é a Investigação e Desenvolvimento representar apenas 1,7% do PIB, abaixo da média europeia e ainda mais dass metas europeias para 2030, acrescentou o Country Head da Capgemini Engineering.

Está a ser feito um ótimo trabalho com as startups, mas estas representam apenas 1% do PIB. Já as PME representam 99,9% do tecido empresarial, e 55% de todo o volume de negócio do país, só que 90% são microempresas com menos de dez colaboradores e tem uma faturação média abaixo dos 212 mil euros. “São negócios que vivem do dia a dia, com fraca capacidade de investimento”, referiu Rodrigo Cordeiro.

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Para o responsável da Capgemini Engineering, as grandes empresas são uma variável chave nesta equação. “Estas empresas têm menos tempo para falhar e para testar, mas por outro lado têm capacidades como a de poderem atrair centros de I&D para Portugal e, acima de tudo, a capacidade de se reinventarem”.

Essa reinvenção passa por “não ter medo de partilhar ideias, riscos e esforços”, para que seja possível fazer muito mais I&D. “Será a única forma de ajudar a trazer este investimento, que vai ajudar à inovação e ser uma bola de neve para o país”, rematou.

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