Henrique Granadeiro, que também foi presidente executivo da PT e presidente do conselho de administração, Luís Pacheco de Melo, ex-diretor executivo da operadora e Amilcar Moraes, do BES, foram os primeiros visados por processos judiciais lançados pela Pharol.

Esta quinta-feira a empresa fez dar entrada a mais uma queixa no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa contra a Deloitte, auditora da PT, que acusa de violação dos deveres contratuais, considerando que isso foi “causa adequada dos prejuízos sofridos com as aplicações em instrumentos de dívida emitidos por sociedades integrantes do Grupo Espírito Santo”.

Em questão está o investimento de quase 900 milhões de euros da PT em papel comercial da Rioforte, que não foi recuperado, bem como outros investimentos realizados no universo GES.

O objetivo da ação é obter uma indemnização da Deloitte, que era responsável pela certificação das contas da PT naquela altura. A Pharol quer fixar num valor que seja a diferença entre o investimento feito pela PT na Rioforte (897 milhões de euros) e o valor que a empresa venha a recuperar no processo de insolvência da Rioforte. A indemnização deve ainda cobrir outros danos que venham a ser provados e respetivos juros, detalha a nota divulgada pela Pharol.

O Dinheiro Vivo escreve na edição desta sexta-feira que o próximo interveniente no processo de gestão da PT chamado à justiça pela Pharol será Zeinal Bava, que liderava o grupo de telecomunicações quando o investimento na Rioforte foi decidido. O novo processo deve dar entrada nos tribunais durante as próximas semanas.

A falência da Rioforte e a impossibilidade de a PT recuperar o investimento feito na empresa do mesmo grupo do BES inviabilizou os termos da fusão PT/Oi e levou à cisão da companhia.

Os ativos da PT acabaram por voltar ao mercado e ser adquiridos pela Altice. A dívida da Rioforte e a participação de quase 30% na Oi está na Pharol, que tem como principais missões gerir este ativo e tentar recuperar dívida.