A Polícia Judiciária deteve uma cidadã estrangeira, com 25 anos, suspeita de ser interveniente em vários crimes de burla qualificada, falsidade informática e branqueamento de capitais, usando o esquema conhecido como “Olá pai/Olá mãe”. A PJ avança que até à data, a suspeita obteve lucros ilícitos de dezenas de milhares de euros.

A investigação realizada com a cooperação do DIAP da Amadora, começou em meados de 2024. A suspeita foi identificada em pelo menos nove inquéritos, durante as diligências feitas para recolher e analisar a informação.  

Durante as buscas domiciliárias e da respetiva detenção da suspeita, foram apreendidos diversos equipamentos informáticos e de comunicação que vão ser analisados pela perícia. A suspeita vai ser apresentada ao juiz para a aplicação das medidas de coação adequadas.

De recordar que na burla “Olá pai/Olá mãe”, os criminosos fazem-se passar por filhos ou familiares próximos das vítimas, utilizando um novo número de telemóvel, referindo que o seu foi perdido ou avariou. Justificam-se que não conseguem aceder à aplicação bancária e pedem ajuda financeira para pagar uma conta, pedindo transferências bancárias. O sentido de urgência e a preocupação levam as vítimas a serem enganados nestas burlas e lesados em elevados valores.

“Olá pai, Olá Mãe", Pagamentos por MB Way e Falso CEO entre as principais burlas destacadas pela PSP
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As autoridades recomendam a não considerar como certa que determinada mensagem tenha sido pelo filho ou familiar através de outro número, que não aquele que tem registado, mesmo que tenha uma fotografia (que pôde ter sido obtida numa rede social). Antes de proceder a qualquer pagamento, tente contactar esse mesmo familiar por voz, através do número que tem registado, para garantir que foi o mesmo que fez o pedido. E caso não consiga o contacto, não entre em pânico e não ceda sem confirmar.

Também pode colocar questões ao contacto, que apenas o filho ou familiar, conseguiriam responder. Ou tente ligar para esse número, pois certamente que não vai atender, enviando depois uma justificação por mensagem. Caso continue com dúvidas deverá sempre denunciar a situação às autoridades policiais.